Em 2022, os investimentos em publicidade apresentaram um aumento de 81%, de acordo com a pesquisa Digital AdSpend Brasil, realizada pela Kantar Ibope Media. Apenas no primeiro semestre de 2022, as plataformas de mídia social receberam mais da metade desse investimento em publicidade on-line (52%). Dentro deste contexto, é importante entender como as empresas podem se preparar para se comunicar de forma eficiente com seu público em 2023.
A Faster tem transformado a forma como empresas contratam serviços de design oferecendo peças em 24 horas. Atendendo cerca de 70 clientes, entre eles grandes empresas como Nubank, Ambev e L’oreal, a startup em menos de dois anos de operação já atingiu um crescimento de 15% mês a mês. Atentos ao mercado, Daniel Dahia e Vitor Filipe, fundadores da martech, listaram cinco tendências que devem moldar o setor e que precisam estar no radar das marcas e dos times de comunicação.
1. Aumento na produção de conteúdos de vídeo:
A empresa Wyzowl, uma das líderes mundiais em vídeos explicativos, divulgou este ano uma pesquisa que mostra que 88% dos consumidores desejam ver mais vídeos das companhias, bem como 87% dos profissionais de marketing descrevem que o formato é capaz de aumentar sua receita. Por isso, é importante que as empresas estejam atentas a esta demanda. De acordo com os executivos, atualmente as pessoas estão mais engajadas neste formato e é preciso que as companhias atendam estas expectativas para continuar atraindo e retendo seus clientes.
É importante planejar o conteúdo e pensar no objetivo e público final que deseja alcançar. Além disso, a qualidade também é um ponto essencial, já que, mais do que expor sua marca, as empresas querem encantar o consumidor, gerar interações e fazer com que seu negócio seja lembrado
2. Análise de dados para criação de estratégias:
Com o crescimento de canais de comunicação também cresce a quantidade de dados que devem ser avaliados e considerados durante uma estratégia de marketing. Boa parte das equipes não conseguem mensurar resultados que estão gerando através da criação de peças gráficas, porque enxergam o design apenas como uma entrega criativa e intangível: para esses casos, o design é uma estratégia de comunicação. Deste modo, é essencial que os times possam mensurar a eficiência destas ações. Do ponto de vista do negócio, ter estas métricas bem avaliadas também agrega valor às decisões.
3. Alto volume de criações e profissionais de marketing cada vez mais digitais
Com o aumento da frequência de publicações, as marcas agora se deparam com um novo desafio: criar comunicações e peças de design que chamem atenção e atraiam seu público em meio a tantos outros materiais. Isso reforça a importância de aumentar o volume de criações com qualidade, construir a mensagem certa para a pessoa certa.
Por trás dessas produções estão os times de comunicação que precisam estar atentos às plataformas, sua usabilidade para criar estratégias que funcionem e se destaquem nesses espaços”. completa Vitor Filipe, CEO e cofundador da Faster.
4. Employer branding, gestão de comunidade e Employee Advocacy
Ter colaboradores que são defensores da sua marca tem sido essencial para atrair talentos do mercado, reter profissionais e gerar mais credibilidade. O conceito Employee Advocacy ou Advocacy Marketing que vem ganhando força, prega essa ideia de que os funcionários podem se converter a promotores de um negócio e de uma cultura. Para além dos projetos comerciais, repense seus esforços de marketing e envolva seus funcionários a falarem sobre a companhia. Para alcançar tal envolvimento, além de ouvir o que eles têm a dizer, é importante promover treinamentos, comunicações e estratégias que envolvam a sua comunidade.
5. Creative Ops e ferramentas que levam mais eficiência aos times
A indústria criativa está cada vez mais sobrecarregada com o alto volume de demandas e a falta de processos e o excesso de tarefas repetitivas pode atrapalhar o andamento de projetos estratégicos. Apesar de muitas demandas criativas já terem sido automatizadas com a ajuda da tecnologia, o volume de projetos ainda é grande. É preciso olhar para as necessidades e definir processos que tornem os times mais livres para serem produtivos e eficientes nas entregas.
“Hoje em dia, existem tantos canais diferentes, que os times internos já não conseguem dar conta de produzir tudo com a velocidade que precisam. E sabemos que mais design é igual a mais testes e como consequência mais resultados. Por exemplo, uma empresa B2C cujo principal canal de aquisição é mídia paga pelo Facebook. É necessário fazer uma extensa quantidade de peças, de forma organizada e orientada a testes.”, exemplifica Daniel.