As novas práticas de isolamento devido ao Coronavírus impuseram a muitas empresas a necessidade de adaptação no modelo de negócios. Os supermercados, por exemplo, apresentaram forte demanda em seus e-commerces. Segundo uma recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com a empresa focada em e-commerce Compre & Confie, houve um aumento de 80% no consumo online em supermercados nos meses de fevereiro e março deste ano, sendo o crescimento de março já relacionado à crise do coronavírus. Esse crescimento agudo, claro, exigiu das empresas um trabalho de estruturação e posicionamento no ambiente digital.
De acordo com Daniel Palis, sócio fundador da agência de marketing digital Calina, o trabalho junto aos supermercados consiste resumidamente em três pilares: entender o comportamento do consumidor no ambiente online, posicionar a marca da maneira mais assertiva possível e estabelecer canais de atendimento extremamente ágeis e assertivos, o que inclui desde soluções online, como chats, até alternativas mais convencionais, como telefone.
“É preciso entender o funil de venda para compreender todo o caminho trilhado para o consumidor chegar ao e-commerce. Nessa estrada, por assim dizer, já começamos a posicionar a marca de forma clara. Depois, já no site do cliente, nosso trabalho é viabilizar excelência na experiência de compra, o que contempla uma série de tags e outros detalhes complexos, mas o raciocínio é esse. Vale destacar ainda que o site precisa ser responsivo, ou seja, projetado para se adaptar a qualquer tipo de resolução, como smartphones ou notebooks, sem distorções”, explica.
Alguns dados de mercado podem sinalizar os caminhos dos consumidores virtuais. De acordo com dados recentes disponibilizados pela Kantar – Divisão de Pesquisa de Mercado, Insights e Consultoria da empresa Londrina WPP – as principais fontes de pesquisa para saber em qual supermercado fazer as compras são o Facebook (65,2%) dos usuários, seguido por Instagram (46,9%) e WhatsApp (42,1%). “Todas essas informações servem como mapa para orientarmos e aplicarmos as melhores estratégias, desde as primeiras abordagens até ações de remarketing”, detalha Daniel.
O fundador da Calina acrescenta também a importância de estabelecer canais de comunicação ativos e resolutivos com o cliente, desde chats nos sites, até números e WhatssApp e linhas telefônicas. “É preciso manter sempre o contato com o cliente, não apenas para venda, mas também para esclarecer eventuais dúvidas neste momento difícil que todos os brasileiros estão vivendo. De toda forma, essa transformação digital que todos estamos sendo obrigados a ultrapassar, pode ser muito valiosa não só durante a crise, mas no cenário pós. Isso também vale para os supermercados”, finaliza.
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