O primeiro influenciador digital brasileiro a alcançar a marca de 1 milhão de seguidores no YouTube (hoje conta com a marca de 34 milhões), Felipe Neto, foi definitivamente catapultado para o cenário político nacional, após marcar forte posição contra a tentativa de censura do prefeito Marcelo Crivella a uma HQ da Marvel à venda na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. No episódio, o influencer comprou 14 mil livros de temática LGBT, embalou todos em plástico preto com os dizeres “Este livro é impróprio para pessoas atrasadas, retrógradas e preconceituosas. Felipe Neto agradece a sua luta pelo amor, pela inclusão e pela diversidade” e os distribuiu gratuitamente na própria Bienal.
A ação ganhou críticas por parte de alguns e defensores por parte da grande maioria dos internautas. Afinal, as redes sociais são movimentadas por haters e lovers. É o que aponta recente pesquisa realizada pela Refinaria de Dados, startup que coleta e analisa informações de mercado. Do total dos 26k de usuários analisados nas redes sociais, 83% tiveram reação positiva quanto à ação de Felipe Neto. O perfil dos apoiadores é formado, em sua maioria, por mulheres (57%), jovens entre 16 e 25 anos (23%) e com nível superior completo (28%). Quanto à orientação religiosa, são representados por dois grandes grupos: cristianismo (38%) e ateísmo (27%). Entre as figuras públicas que têm em comum, destacam-se: Manuela D´Ávila (26%), Caetano Veloso (24%) e Bolsonaro (23%).
Já o perfil das pessoas que tiveram reações negativas (17%) é composto por homens (62%), com idade entre 36 e 55 anos (31%) e ensino médio completo (32%). Cerca de 84% se identificam com o cristianismo. No quesito figuras públicas em comum, o quadro muda bastante e inclui os nomes de Bolsonaro (59%), Danilo Gentili (43%) e Whindersson Nunes (38%).