Por Andrea Miranda, cofundadora e CEO da STANDOUT*
Esta é a segunda versão deste artigo.
Na primeira versão eu discorria sobre algumas situações misóginas que enfrentei mais no começo da carreira e quando fui partir para a segunda metade, descrevendo como tudo está melhor agora, mas não consegui dar sequência no texto…
Ocorre que infelizmente, como tantas outras mulheres que se dedicam em suas missões profissionais em áreas tipicamente masculinas, eu continuo lutando bravamente por espaço, por representação, por letramento e por uma sociedade mais equânime em todos os sentidos, mas em especial neste universo de TI e empreendedorismo no qual me insiro. São mais de 30 anos nessa jornada e tanto ainda a ser feito.
Quando percebo, por exemplo, que sou a única mulher num universo de 10 CEOs a falar sobre IA numa matéria, penso em onde estão minhas pares, líderes que vieram da TI.
Quando vejo um levantamento que demonstra que de todas as startups brasileiras menos de 10% possuem uma mulher cofundadora, e destas, menos de 5% são cofundadas somente por mulheres, reflito sobre o quanto ainda precisamos apoiar e estimular a educação das meninas e adolescentes, para que elas tenham a chance de no mínimo sonhar com este futuro.
Quando vejo que ainda, no mesmo estudo, de todo o capital investido em startups brasileiras, apenas 0,04% é destinado àquelas 4,7% de startups fundadas por mulheres, duvido que ainda exista quem não enxergue a existência de um machismo estrutural institucional, mas existe.
Então, mais do que te contar sobre o que aprendi sendo Cientista da Computação ou empreendedora nestes últimos anos, eu acho mais relevante saber de você leitor, o que você aprendeu sobre feminismo nestes últimos tempos, me conta aqui na rede social!
*Andrea Miranda é Cientista de Computação, com mais de 30 anos de experiência em TI aplicada ao marketing digital e publicidade. Além disso, é cofundadora e CEO da STANDOUT, maior empresa de trade marketing digital do Brasil e referência em inteligência no setor. A martech viabiliza diversas ações de trade marketing digital por meio de soluções tecnológicas que aumentam a conversão, audiência e o engajamento do comprador, além de devolver inteligência em forma de um dashboard repleto de dados e insights. Andrea é reconhecida como Winning Women’21 pela EY e também Top 3 no Empreendedorismo Feminino pela 100 Open Startups.