Dados
exclusivos do Ministério da Justiça mostram que o ano de 2018 registrou
um aumento
expressivo da quantidade de pedidos de reconhecimento da condição de
refugiado no Brasil na comparação com o mesmo período de 2017. A
grande maioria dos imigrantes que chegam no País enfrentam dificuldades
para se estabilizar financeiramente. A barreira cultural do idioma,
costumes diferentes e o preconceito são alguns dos pontos que impactam
diretamente no desenvolvimento profissional destas pessoas.
Com o objetivo de minimizar os impactos, a HeroSpark , solução para empreendedores digitais, implementou iniciativas para atrair e reter estrangeiros em sua equipe. Hoje,
dos mais de 180 colaboradores,
27
são estrangeiros, dentre eles, três
refugiados. “Queremos ser, cada vez mais, uma empresa onde as pessoas
vejam como alternativa de trabalho. Nosso objetivo é dar uma
oportunidade para estas pessoas e fazer com que se sintam em casa” , afirma
Caroline Brischi, Gerente de Recursos Humanos na HeroSpark.
Com um código de cultura bem estruturado, já está
no DNA da empresa tratar todos os membros do time da mesma forma, porém
foram implementados alguns projetos para reforçar ainda mais esse
ponto. Toda semana acontece o Speaking Club de
Espanhol, que se trata de um bate-papo semanal
entre o time, no qual são abordados assuntos relacionados ao dia a dia,
culturas diferentes e curiosidades a respeito de outros países.
Além disso, há um canal de comunicação interna com o objetivo de
ensinar palavras novas todos os dias”.
“A HeroSpark foi a única empresa que me deu essa oportunidade desde que cheguei no Brasil, em 2015. Além de conseguir uma
chance de trabalhar na área em que estudei, aqui é possível crescer profissionalmente e começar uma nova vida”, afirma Oandis Martínez, refugiado de Cuba e Inside Sales na HeroSpark.
A startup está passando por um momento intenso de
expansão internacional para a América Latina e foi constatado que, em
Curitiba, haviam poucos profissionais capacitados e com o espanhol
fluente. Esta também foi uma questão que impulsionou, ainda mais, a
contratação de estrangeiros para o time. “Percebemos também que
nossos clientes latinos sentiam mais confiança e empatia com quando
falavam com pessoas nativas de países latino-americanos”, explica
Caroline.
Mas um dos principais combustíveis da empresa é a
força de vontade e resiliência de seus colaboradores. “Nós somos uma
empresa de educação e percebemos que podíamos treinar
profissionais sobre nosso método de trabalho. Vimos no perfil do
estrangeiro e refugiado a vontade de crescer, de iniciar uma nova vida
em
outro país. A energia e a vontade de aprender sempre são maiores que o
conhecimento em qualquer seleção aqui na HeroSpark”, finaliza Caroline.