Ajudar uma empresa a performar de maneira alinhada aos seus próprios objetivos de negócios e às necessidades do cliente está entre as prioridades da função do profissional do marketing. Se antes da pandemia o uso da Inteligência Artificial (IA)/ Artificial Intelligence (AI), em inglês, fazia parte das tomadas de decisão da comunicação nas empresas, agora, ela é um componente fundamental para orientar e impulsioná-las.
“Para alcançar o resultado esperado em projeção de marca e vendas, é essencial usar dados e ser AI-Empowered (capacitado por AI, em português), ou seja, considerar a Inteligência Artificial para empoderar novas entregas turbinadas por insights das ferramentas. Com o boom da IA Generativa em 2022, as pessoas passaram a interagir muito com as máquinas, principalmente através de experiências conversacionais, via prompts, comandos via chat ou voz. Estamos somente no começo dessa era que irá dominar o mercado”, afirma Fabiano Cruz, CEO da Alot, martech com visão de consultoria de negócios focada em processos de inovação e qualificação da experiência dos usuários.
“Considerando que vivemos em uma época que tudo gera rastros digitais, não captá-los e usá-los é como trabalhar de forma empírica. Associado a isso, é imprescindível ser um profissional que passe a integrar a inteligência artificial ao núcleo de marketing. Isso envolve desde o uso de automações em chatbots para atendimento ao cliente, uso de IA Generativas como um copiloto de estratégias e novas sugestões de criação e fluxos de jornadas”, complementa Fabiano.
E, para buscar as informações de comportamento de consumo, o executivo indica ferramentas como Customer relationship management (CRM – em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente), Customer data platform (CDP-em português, Plataforma de dados do cliente), Google Analytics e Firebase (também do Google). Ele conta que as referências encontradas devem ser estudadas por softwares como Tableau ou Power BI.
Esses sistemas usam técnicas de ciência de dados e permitem ao time de marketing extrair vários insights a partir do que for capturado, conforme explica o executivo Outro ponto interessante avaliado por Fabiano é a necessidade do profissional estar atento aos fóruns dessas plataformas e acompanhar os canais de vídeos, pois eles sempre compartilham dicas para aprimorar a utilização.
Já sobre a aplicação de inteligência artificial no dia a dia, o CEO alerta que a IA deve ser um suporte e não um substituto do talento pessoal de cada um. Ou seja, são novas possibilidades que podem ser consideradas e a nossa criticidade é o fator que diferencia para exponenciar nossos resultados. São milhares de opções no mercado e as mais populares, oferecidas pelas big techs são um bom início para que na interação possa inclusive aprender técnicas novas e implementar no ofício.
“Um exemplo, é que se o profissional não sabe como pensar em uma chamada de destaque para uma estratégia de e-mail marketing, por que não cruzar algumas informações capturadas para usar como base de um prompt e com isto ter sugestões que podem ser consideradas? Ou até mesmo criar variações do mesmo mote principal para cada uma das segmentações via IA generativa? Quem sabe para gerar testes A/B e com isso verificar qual que dará mais resultado? As possibilidades são infinitas”, complementa o CEO da Alot.
Para Fabiano, é necessário que o profissional de marketing seja ágil e crie métodos não apenas que respondam às expectativas do consumidor, mas também as antecipem. “Ele precisa ser criativo tanto nas entregas quanto na forma de utilizar as ferramentas que já conhece, além de testar novas possibilidades, assim, maiores serão as chances de se destacar no mercado”, finaliza.