As bicicletas invadiram na manhã deste domingo (23) as faixas expressas dos dois lados da Marginal Pinheiros, na zona sul de São Paulo (SP). Em um circuito de 20 km, com largada e chegada em frente ao Parque do Povo, com direito a travessia de ida e volta da Ponte Estaiada (Octávio Frias de Oliveira), cerca de 500 ciclistas das categorias de 80 km (4 voltas) e 40 km (2 voltas) tiveram o prazer de pedalar em uma das vias mais importantes da cidade. Na principal disputa, os 80 km das elites masculina e feminina, Marcio Bigai (Escalera CC) e Gisele Gasparotto (LuluFive) foram os campeões. Vanderlei Pessoa, o Chamorrinho, e Evelyn Moura, foram os donos da volta mais rápida da prova, levando o troféu de Rei e Rainha da Marginal.
Marcio Bigai faturou a vitória na elite masculina, com o tempo de 1h57min36, em um emocionante sprint de chegada, ao ser o mais veloz de um pelotão composto por cerca de 20 atletas. Assim, o trabalho em equipe com seus colegas da Escalera CC acabou sendo fundamental para no final o ciclista conquistar o título. O pódio teve ainda Daniel Conti, Edgar Akira e Salomão Ferreira, todos na casa de 1h57min36, e Felipe Jones (1h57min37) completando o top 5 da competição.
“Havia competido uma vez aqui na Marginal, neste mesmo percurso. Então, já sabia como seria a disputa. A estratégia da equipe deu certo. Deixamos os adversários que fizeram a fuga não abrir muito. No final, me poupei e confiei nos meus companheiros, que eles conseguiriam me trazer para a chegada. O ciclismo de elite é estratégico. Várias equipes com quatro ou cinco ciclistas. Prevaleceu minha experiência e minha característica forte no sprint”, contou Bigai. “Para mim é uma honra e prazer grande vencer a Storm Riders. Aqui é minha casa, treino nessa região. São 11 anos na alta performance”, finalizou.
Elite feminina – Entre as mulheres, a prova também foi decidida no sprint final, porém com apenas duas ciclistas na briga pela vitória: Gisele Gasparotto e Lara Rodrigues, que completaram em 2h17min04 e 2h17min05, respectivamente. O pódio teve ainda Lais Saes (2h19min58) e Erika Soares (2h19min59), também decidindo a colocação nos metros finais, e Camila Aliperti (2h20min03), na quinta colocação.
“Conheço tudo aqui na Marginal. Voltar a competir neste circuito foi maravilhoso. Muito bom, mesmo. A prova foi difícil, porque a Lara e a Lais são muito fortes. Estava difícil abrir fuga, mas no final, a 10 km do fim, a Lara e eu abrimos e a vitória ficou para a chegada”, relatou Gisele. “Maravilhoso ver essas meninas com garra toda. Fizemos tudo como equipe para ganhar e deu certo. Estratégia foi, realmente, boa”, finalizou.
Rei e Rainha da Marginal – Um troféu especial foi reservado para os ciclistas que fizessem a volta mais rápida da prova. Chamorrinho, com o tempo de 28min29, e Evelyn, em 30min27, foram os vencedores da disputa e também subiram no pódio para serem celebrados como o Rei e a Rainha da Marginal.
“Quando largou eu sai forte, porque a ideia era pegar o troféu de Rei da Marginal. Sabia que minhas chances eram boas de ter esse resultado e fiquei muito feliz com a conquista”, comemorou Chamorrinho. “O troféu foi meu, pelo fato de estar na categoria amadora e ter feito minha prova em um pelotão com os homens, diferente das meninas da elite, que pela regra não podiam aproveitar vácuo masculino. Fui a primeira a cruzar a linha de chegada, por conta de ter ficado na ‘roda’ dos homens”, explicou Evelyn.
Professor e aluno pedalando juntos – Com forte incentivo e divulgação feita junto às assessorias esportivas, a Storm Riders teve como diferencial o fato de permitir que amadores conseguissem evoluir no esporte. Esse foi o caso de Sergio Salle, de 60 anos, que pedala há 20 anos, mas só a quatro meses começou a treinar na assessoria VHE Pro. Ele competiu ao lado de seu treinador, Wander Silva, que o incentivou a competir nos 80 km, embora Sergio inicialmente tivesse a pretensão de competir nos 40 km.
“O resultado foi uma soma de alguns meses que a gente vem treinando três vezes por semana. O Wander é muito mais novo e corre na elite. Na Storm Riders, combinamos de ir juntos e ele foi me puxando, incentivando. Isso porque eu achava que 80 km para minha idade seria pesado. No fim, tivemos uma velocidade legal e fui super bem. Pedalar com o seu professor é excelente, porque ele vai te dando dicas. Fala o jeito certo de entrar na curva, de como você deve reduzir a velocidade. Como você deve fazer uma subida, qual marcha usar. O momento de atacar, ou de poupar energia e não fazer um ataque desnecessário. Isso te dá conhecimento e ajuda cruzar a linha de chegada bem”, explicou Sergio, que finalizou em segundo lugar na sua categoria (60 a 64), em 2h12min37.
“Foi muito boa a prova, principalmente porque ele queria fazer o percurso de 40 km e nós incentivamos ele a fazer o percurso maior. Dissemos para o Sergio que ele estava forte e conseguiria pedalar os 80 km. Tanto é que concluímos em um pelotão perseguidor, em um tempo legal, com 37 km por hora de média. Ele treina três vezes por semana e já é possível ver a evolução do aluno. Isso é realmente gratificante”, contou Wander.
Demais resultados da Storm Riders – Todo os resultados da competição deste domingo em São Paulo, nas diversas categorias dos 80 e 40 km, podem ser acessados no site oficial do evento: www.stormriders.com.br. Ao entrar no site, basta clicar na aba RESULTADOS no menu superior, para ser levado para o site da Chronomax.
A Storm Riders teve organização da Sagaz Esportes, com patrocínio da Jungle, Café Ultracoffe, Shimano, Probiótica e Nordico, com apoio da Prefeitura da Cidade de São Paulo e supervisão técnica da Federação Paulista de Ciclismo.
