O mercado da Economia de Criação, também chamado de Creator Economy, é avaliado atualmente em US$ 104,2 bilhões, segundo o Influencer Marketing Hub. No entanto, apesar de ser um setor aquecido e repleto de potencial, também está passando por mudanças e ganhando novas percepções, principalmente relacionadas à monetização de conteúdos e os algoritmos das principais plataformas.
Para aprofundar o tema e entender como as redes sociais vêm se transformando, conversamos com uma referência no segmento: Gu Alonge, idealizador do método ‘Viraliza Reels’ e que recentemente se uniu à Stages, solução para impulsionar a monetização de creators. Confira:
Por favor, nos conte como você começou na indústria de criação de conteúdo.
Em 2014, minha jornada teve início com um objetivo claro: proporcionar uma vida melhor para minha família e realizar o sonho de levá-los à Disney. Foi nesse momento que o empreendedorismo começou a tomar forma em minha mente. Assim, fundei minha primeira empresa, a Creativita, com determinação e esperança.
No ano seguinte, dei mais um passo adiante e criei a EngajaWeb, uma empresa totalmente focada na criação de conteúdo digital para negócios. Foi um momento de crescimento e aprendizado, enquanto buscávamos fornecer soluções inovadoras para nossos clientes.
Em 2017, demos um salto importante ao nos tornarmos Engajatech, reconhecidos pelo nosso trabalho inovador no campo do marketing digital. Essa conquista abriu as portas para atender grandes grupos, como GPA e Cyrela, que se tornaram nossos valiosos clientes.
No entanto, com a chegada da pandemia, tudo se tornou incerto. Foi nesse momento desafiador que uma chama interna se acendeu, despertando em mim a vontade de criar conteúdo para nossa própria empresa. A intenção era provar que a qualidade de um bom roteiro está acima de qualquer “hack” de algoritmo e conseguimos fazer isso não apenas em nossas próprias contas, mas também por meio dos mais de 4 mil alunos que se beneficiaram do nosso método ‘Viraliza Reels’.
Em que consiste este método ‘Viraliza Reels’?
O método ‘Viraliza Reels’ tem o objetivo de mostrar como um empreendedor pode viralizar seu conteúdo para atingir mais clientes para seu negócio. Isso sem fazer dancinhas, buscar trends ou músicas do momento.
Com ele, temos hoje mais de seis canais de YouTube monetizados e atingimos mais de 5 milhões de pessoas mensalmente nos últimos meses.
Na sua visão, quais são os principais desafios enfrentados por criadores de conteúdo na monetização de seus vídeos, aulas ou outros conteúdos online?
O principal desafio enfrentado pelos criadores de conteúdo na internet, que desejam obter lucro, é compreender que são, na verdade, empresários. Eles precisam buscar fontes de receita recorrentes, sem depender exclusivamente do adsense; isso porque colocar todas as fichas na plataforma é como construir uma casa em um terreno alugado: de um dia para o outro, sua empresa pode quebrar devido a uma simples mudança de algoritmo ou termo de uso.
Portanto, o criador de conteúdo que adota uma mentalidade empreendedora enfrenta o desafio de criar conteúdos de valor para monetizá-los de outras formas, seja através de parcerias ou pela venda de seu próprio conteúdo.
As plataformas atuais limitam os ganhos dos criadores? Por quê?
Além de restringir ganhos em certos nichos, as plataformas constantemente punem criadores de forma injusta, o que gera muita insegurança. Um caso recente é o da Twitch, que pretende proibir o uso e divulgação de marcas em suas lives.
Mas nada é tão frustrante para o criador do que a impossibilidade de divulgar seu conteúdo para 100% da sua base de inscritos. Vemos criadores com audiências de milhões, como Whindersson Nunes, desanimando por não terem alcance.
Para você, quais estratégias são eficazes para aumentar o engajamento da audiência e a monetização do conteúdo?
Pensamento de longo prazo e criação de ecossistema. Consolidar uma verdadeira comunidade em volta do seu assunto e oferecer produtos próprios ou de um terceiro em uma esteira inteligente é a melhor forma de construir uma monetização saudável e consistente.
Para isso, é importante utilizar roteiros que aumentem a retenção e melhorar a qualidade técnica dos vídeos, sem perder a humanização e a conexão com o público. Colocando isso em prática também em outras plataformas, você conseguirá construir uma base relevante e que estará em suas mãos.
Por que vocês optaram por transferir os cursos para a Stages?
Transferimos todos os nossos cursos para a Stages por dois motivos principais: agora ganhamos 100% do valor das nossas vendas e desfrutamos da melhor experiência de área de membros do nosso setor. Não faz mais sentido permanecer em outras plataformas.
Como você conheceu a Stages e quais são os diferenciais que você vem notando no software?
Conheci a Stages durante um evento em que o Guido Nunes (ex-TV Globo e atual Gerente de Conteúdo da Stages) e eu éramos palestrantes. Assim que me foi explicado o conceito da ferramenta, percebi imediatamente a magnitude das oportunidades de crescimento que ela oferecia em vários nichos distintos. Isso se deve aos seus notáveis diferenciais técnicos e financeiros.
Estou ansioso para continuar essa parceria, inclusive abordando a solução deles em mais eventos e palestras. Recentemente, tive um importante debate na VidCon, no painel “A Nova Era das Plataformas”, com o Tiago Maranhão (Diretor de Conteúdo e Comunicação da Stages), Rafa Lotto (sócia da YOUPIX) e MariMoon (criadora de conteúdo e apresentadora do ‘Acessíveis Cast’). Foi uma experiência ótima e rica para falarmos sobre a Creator Economy.