Dados da B3 apontam que até 2025 todas as empresas listadas na bolsa de São Paulo deverão se submeter a novas regras para aumentar a diversidade de gênero e a presença de minorias em cargos de liderança. A proposta se faz necessária quando percebemos que 60%, das 423 empresas listadas, não têm nenhuma mulher entre seus diretores, e 37% não possuem participação feminina no conselho de administração. Apesar de não pertencer a este grupo, os caminhos trilhados pela Atento (NYSE: ATTO, “Atento”), uma das maiores provedoras de serviços de gestão de relacionamento com clientes e terceirização de processos de negócios (“CRM BPO”) da América Latina, em busca da da equidade e maior diversidade podem ser exemplos para essas companhias.
Neste ano, a empresa realizou uma pesquisa interna para avaliar uma análise sobre a representatividade de cada grupo identificar os possíveis pontos de melhorias em seus programas de diversidade e inclusão. Quando comparados com o mercado de trabalho nacional, os números obtidos por autodeclaração em pesquisa anônima, tornam reforçam o papel de referência em inclusão ocupado pela Atento no Brasil.
“Entendemos o nosso papel transformador como um dos maiores empregadores do país, ampliando a diversidade no ambiente corporativo” afirma Dimitrius Oliveira, presidente da Atento na América do Sul. “Acreditamos que a diferença de vivências e conhecimentos de um time diverso, o torna mais criativo e inovador. Esse é o nosso maior ativo.”
Mesmo pertencendo a um mercado majoritariamente feminino, de BPO, hoje a Atento conta com 67% do seu quadro de funcionários composto por mulheres, muito superior à média nacional de 43,7%, e, em cargos de liderança, a proporção segue sendo ainda maior com 56,7% do total. Diferentemente da média do mercado nacional levantada pela Grant Thornon no International Business Report de 2022, que apresentou uma queda na presença feminina em cargos de liderança no país, de 39% em 2021 para 38% neste ano.
Quando falamos de pessoas negras, população historicamente negligenciada e subestimada pelo mercado de trabalho no país, a companhia também está muito acima da média brasileira, de 29,6% segundo o Índice de Equidade Racial Empresarial (IERE) de 2021. Na companhia, 58% dos colaboradores se autodeclaram negros ou pardos, enquanto na liderança o número se mantém próximo em 50% do total, sendo mais de três vezes maior do que as 15,8% mapeados pelo IERE.
Em relação à população autodeclarada LGBTQUIA+ dentro da Atento, o índice chega a 19,6% dos colaboradores, sendo maior que a própria proporção do IBGE para populações homo e bissexuais, de 1,2% e 0,7%, respectivamente, e que os 2% de pessoas transgênero e não binárias no país, de acordo com estudo publicado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), na Nature Scientific Reports, em 2021. Essas pessoas também estão em cargos de liderança, sendo 17,3% do total.
“Com o tempo, aprendemos que não basta apenas contratar. É preciso uma estrutura contínua, com ações específicas, que tragam para esses grupos um sentimento de acolhimento e de pertencimento. Ações como a mentoria para pessoas pretas, o Mamãe Nota 10 para gestantes, o Canal Dona Lila para a denúncia e acolhimentos de pessoas em situação e violência, a adoção do nome social em todos os documentos da empresa e apoio psicológico e jurídico são alguns dos programas que temos com este fim. Enquanto isso, para o público geral, trazemos conversas que englobam os mais variados assuntos, inclusive de proteção a estes grupos minoritários, com o intuito de conscientizar a todos que fazem parte do nosso ecossistema,” complementa Dimitrius.
Realizado pela Goldenberg, consultoria especializada em responsabilidade social, investimento social privado e sustentabilidade, o estudo foi estruturado com base em documentos internos, dados demográficos, escuta remota e entrevistas, que contou com a participação de 27.235 funcionários.
Programas de apoio à diversidade
A diversidade e a inclusão sempre foram pilares estratégicos para a Atento, em toda a sua história, e os resultados da pesquisa interna são um reflexo direto dos esforços realizados em todo o período. Desde a contratação, a empresa conta com a parceria de organizações e movimentos que buscam uma maior inserção de grupos minoritários no mercado de trabalho, como o Transempregos, para pessoas trans, o TEM SAÍDA, para pessoas em situação de vulnerabilidade social e o MOVER, Movimento pela Equidade Racial.
Internamente, além de programas de capacitação profissional, a empresa conta com programas de mentorias exclusivos para mulheres e pessoas pretas, com o intuito de estimular o desenvolvimento profissional e pessoal. Também conta com o DNA Talks, que são rodas de conversa que abordam diversos temas, sem relação direta com o trabalho, como parentalidade, carreira, saúde mental, diversidade e inclusão, entre outros. Ainda pensando na conscientização, a Atento criou coletivos de discussão por tema, com o objetivo de trazer pessoas que se identificam com aquele grupo para o protagonismo de cada tema. Com isso, a companhia conta hoje com os Grupos Aliados LGBTQIA+, de gênero, Étnico-racial, PcD e 50+.
Com foco no bem-estar, o Atento Social foi criado em 2011, para oferecer acolhimento e apoio psicológico e social para colaboradores e familiares através do Canal Social Atende, para o acolhimento às demandas sociais e psicológicas diversas, e do Canal Dona Lila, para o apoio de pessoas em situação de violência doméstica, familiar e contra a mulher. Desde sua criação, o programa Atento Social já realizou mais de 35 mil acolhimentos.
A empresa também investe em programas para grupos específicos como o Mamãe Nota 10, programa que já atendeu mais de 10 mil mulheres desde a sua criação e tem como objetivo dar assistência para as pessoas gestantes e incentivar a realização adequada do pré-natal. A Atento também respeita o nome social das pessoas trans e não-binárias desde 2013, incluindo o uso em crachás, e-mail e cartões como vale refeição e vale alimentação. Desde a sua implementação, mais de 1.300 pedidos já foram atendidos. .