O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, criticou hoje a atitude do São Paulo em diminuir o preço dos ingressos em seus jogos no Campeonato Brasileiro. Segundo Sanchez, “o que o São Paulo fez, por um momento difícil que estava passando, foi um mal para o futebol brasileiro. Eu acho péssimo fazer um jogo de futebol a R$ 5, a R$ 10. Mas é direito de cada um”, disparou.
A declaração, mesmo que tenha sido para atingir um clube rival, precisa ser analisada com calma para não virar uma regra. Afinal, como pode um mercado que ainda engatinha, como o marketing esportivo, já estabelecer regras do que é bom ou não se nem avançou a um patamar razoável?
Vender ingresso a R$ 5 ou R$ 10 por si só, de fato, não parece algo bom para viabilizar um espetáculo. Mas não esqueçamos que um jogo a R$ 40 reais com 5 mil espectadores, dá no mesmo, financeiramente, que uma partida a R$ 5 com 40 mil espectadores, porém, com um ganho que pode refletir no desempenho técnico em campo.
Outro fato importante: se uma equipe reduz o preço dos ingressos para atrair mais torcedores e aumentar o fluxo de pessoas dentro e fora do estádio em dias de jogos, nada impede de o departamento de marketing buscar meios de captar recursos através disso. Diversas empresas e marcas querem mostrar uma campanha, promover um produto, distribuir amostras, ou às vezes o próprio clube pode aproveitar para vender itens oficiais, de menor valor, enfim, uma imensidão de oportunidades.
O segredo do negócio no esporte não é estabelecer regras, mas sim aproveitar as oportunidades que surgem, na boa ou na má fase, com título ou sem título, com ingresso caro ou barato.