Quando Bradesco e IBM comunicaram a parceria entre as empresas, em 2014, poucos sabiam dizer o que estava em jogo e quais os resultados práticos trazidos pela união àquela altura.
Na verdade, começava ali a primeira e mais importante aliança entre uma instituição financeira brasileira e a empresa que lidera o processo de avanço e utilização da inteligência artificial em nível mundial, com o Watson. De lá para cá, a ideia foi entender a tecnologia e treiná-la, primeiro internamente, para o auxílio dos colaboradores do banco, para depois de esgotar essa etapa, com a devida compreensão e aprendizado, lançá-la ao mercado externo, para atendimento e interface com o público final.
Fruto disso, surgiu a BIA (Bradesco Inteligência Artificial), que está sendo conhecida pelo cliente Bradesco agora, no aplicativo do banco, em formato de chatbot. As possibilidades de interação são quase ilimitadas, lembrando que, com o machine learning, o sistema está em frequente aprimoramento, sendo melhorado e tendo seus recursos e respostas aprimorados a cada dia.
Uma das principais vantagens que a tecnologia da BIA traz em relação às demais que estão disponíveis no mercado atualmente é o tempo de desenvolvimento e “de treinamento”. Já são quase três anos de trabalho. Como um agente cognitivo, toda a tecnologia baseada no Watson precisa deste timing para alcançar seu treinamento e maturidade. E parece que o Bradesco conseguiu isso.
Obviamente ainda falta a naturalidade e espontaneidade necessárias para alcançar níveis mais amigáveis de interação, comuns às interfaces baseadas em inteligência artificial mais amigáveis: tudo ainda soa um pouco robotizado e automático. Mas rapidamente veremos um avanço significativo nesse quesito.
Pessoalmente, eu acredito tanto no crescimento e solidificação das soluções cognitivas junto aos usuários, que arrisco afirmar: em alguns anos, esta tecnologia substituirá os aplicativos, grandes paixões mundiais, mas que já exibem sinais de cansaço e de estresse em relação à usabilidade. Para que instalar mais e mais aplicativos de todos os tipos, se novas, mais modernas e eficazes plataformas de inteligência artificial passarem a rodar em todos os meus sites preferidos?
Esse é o universo que se descortina à nossa frente. Futuro distante? Não. Talvez 5 anos, ou ainda menos. Todos prontos?