A Seastorm, venture builder liderada por Marcela Miranda e Guilherme Muller, fundadores da Trigg, acaba de anunciar investimento na B4, uma das principais organizações do jogo Free Fire do país. A Seastorm entra no ecossistema de eSports e games, para alavancar a expansão e crescimento da B4 e ajudar a moldar um mercado, que está em fase inicial no Brasil.
“Estamos muito felizes em investir em um negócio de eSports com potencial como a B4. Já são 2 milhões de seguidores no Instagram, que segue em crescimento. Acompanhamos os resultados da B4 há algum tempo e a sinergia com os fundadores aconteceu desde o início das negociações. Estamos levando estratégia para um modelo de empresa muito focada em operação. O mercado de eSports no Brasil ainda tem muitas oportunidades para amadurecimento e crescimento. Temos olhado com carinho para essas possibilidades”, ressalta Marcela.
Há pouco tempo, os eSports eram uma modalidade de nicho com apenas algumas dezenas de entusiastas. O cenário mudou e, atualmente, é um dos segmentos mais promissores no mundo, tendo no Brasil um de seus principais mercados, incluindo a realização de torneios nacionais. Segundo a Newzoo, instituto de pesquisas que acompanha o mercado de games, o mercado movimentou US$ 1,1 bilhão em 2019 em todo o mundo e deve se aproximar do US$ 1,5 bilhão este ano.
A B4 é um dos times mais fortes do cenário atual de eSports brasileiro, somando boas campanhas na C.O.P.A. Free Fire, Liga Brasileira de Free Fire, no sul-americano Gigantes Free Fire e no Campeonato do Alok, torneio que reuniu equipes profissionais e amadoras e teve a B4 como campeã. Hoje, os objetivos da organização vão muito além de jogar, explica Patrick Michel, sócio fundador da empresa. “Nosso core é competir e continuaremos fazendo isso, mas queremos muito engajar a comunidade. Vemos o eSports como um movimento cultural. Está ligado a personalidade, lifestyle, cultura.”.
A chegada da Seastorm colabora com o movimento dos negócios da B4, que assinou um licenciamento de marca e hoje joga os torneios de FreeFire como “Flamengo B4”, associando-se ao gigante do Futebol. A organização também entrou oficialmente no universo dos jogos de PC, com a incorporação à Terror.net, uma das principais equipes de Valorant do Brasil.
“Estamos muito animados com a entrada da Seastorm como investidora da B4. Esperamos expandir a organização de maneira equilibrada e inteligente, além de iniciar relacionamento com marcas de diferentes segmentos”, ressalta Antonio Cardoso, sócio da B4.
A Seastorm e a B4 fecharam um acordo “mútuo conversível”, comum no universo das startups. A SS fez um aporte na empresa e passou a ter o direito de exercer posteriormente a opção de converter os recursos em ações, o que normalmente acontece nesses tipos de investimentos.
Seastorm
A Seastorm é uma holding de criação e desenvolvimento de negócios digitais. “O foco está em achar ideias diferentes e pessoas incríveis, entendendo realmente a conexão do cliente com a marca para tornar os negócios únicos.”, explica Marcela.
Há 10 anos atuando no desenvolvimento de startups, já investiu e alavancou empresas, que estão em diferentes fases de desenvolvimento: Trigg, uma das principais fintechs do país, vendida ao grupo Omni em janeiro de 2020; Huvvi, insurtech de serviços automotivos vendida para o grupo Autoglass em março de 2020; CBYK Serviços de tecnologia; WeOnne – soluções para eCommerce; Grumft Programmatic Media; MeediaOnne; BoldHouse; Abpix e, agora, a B4.