Com textos de fôlego, a reportagens bem apuradas e fontes interessantes. Assim nasceu a 440Hz, uma revista sobre música que pretende revolucionar o mercado editorial digital.
“Sempre se falou sobre as possibilidades de interação ao levar o modelo do papel para o digital, mas nunca ninguém foi tão longe”, opina Ana Sniesko, diretora de redação e sócia da Limone Comunicação, agência de conteúdo que idealizou o projeto.
Interatividade é o principal destaque da publicação, que traz vídeos, playlists e ainda serve como um hub de informação. As matérias podem levar a outros conteúdos, que enriquecem a experiência do leitor. “Escolhemos a música por ser uma paixão pessoal. A revista é tudo o que eu sempre quis ler em uma publicação sobre música e nunca encontrei”, destaca Fernando de Freitas, editor-chefe da 440Hz.
Para alavancar o seu alcance, a edição do mês sempre estará aberta na plataforma gratuitamente. Já para ter acesso aos conteúdos anteriores, o leitor poderá comprar uma edição única ou fazer uma assinatura.
“A plataforma digital permitiu que eu transpusesse isso a outro nível, permitindo o acesso direto aos vídeos, músicas e outras obras”, comenta o editor. A mesma interatividade do conteúdo ainda é explorada nos formatos comerciais disponíveis, já que as publicidades não são meras imagens. “Nesta edição, por exemplo, colocaremos um Easter Egg durante o mês. Trata-se de um link escondido para um vídeo que revelará um desconto para um produto de um dos nossos anunciantes”, explica.
Esse é apenas uma das ações possíveis. A possibilidade de mensurar resultados é outro atrativo para o mercado, já que comprova a efetividade no alcance da publicação.
Afinada para quem gosta de música
Remando contra a celebrização a qualquer custo, a revista 440Hz traz no seu slogan a sua missão. O conteúdo explora as mais variadas vertentes musicais, onde o importante é a obra, não o artista.
As páginas da publicação ainda exploram outros assuntos, como reviews de equipamentos musicais, lançamentos de discos, shows e outras formas de manifestação da música. Como teatro, dança e educação. Ainda busca revelar músicos em início de carreira e promover artistas em ascensão, os colocando lado a lado e com a mesma importância de nomes já consagrados.
Dados de mercado
Dados do Relatório Global de Música da Federação Internacional da Indústria Fonográfica apontam que a receita mundial com música gravada cresceu 9,7% em 2018, turbinada pelo streaming.
O setor de gravações musicais movimentou US$ 19,1 bilhões mundialmente, contra US$ 17,4 bilhões em 2017. Os valores incluem os ganhos com streaming, vendas, direitos de execução pública de músicas gravadas e sincronização
O Brasil é um dos grandes destaques do relatório e ganhou análise própria. Com expansão de 15,4% na receita com música gravada — para atingir um total de US$ 298,8 milhões —, nosso país é o décimo maior mercado de música no planeta, atrás de Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Coreia do Sul, China, Austrália e Canadá.