Não é de hoje que o meio de agências de publicidade e comunicação vem sendo criticado por suas práticas de precarização do trabalho e conivência com campanhas com impacto social e ambiental negativos. No entanto, as críticas ganharam outro status neste ano, quando a maior premiação do mundo deste mercado, o Festival de Cannes, passou a ser alvo das críticas explícitas de ativistas e ter a “concorrência” de eventos paralelos, como o ‘VidCon’, na Califórnia.
Como parte deste movimento de melhora coletiva da indústria que acontece há algum tempo, ganha força no Brasil neste ano a ati – grupo de agências de triplo impacto, a primeira plataforma de agências de comunicação, marketing e publicidade comprometidas com a geração de impacto econômico, social e ambiental positivo da América Latina. A ati. é conectada com outras redes de agências de impacto, como a DNS (Do not Smile), na Europa. Trazida para o Brasil pela Ecomunica e Profile, o grupo já conta também com as agências Dupla Comunicação e Circular, e aguarda por outras agências brasileiras concluírem o processo de embarque oficial na rede.
A plataforma reúne mais de 20 organizações unidas pelos valores e ética profissional, e a profunda convicção em relação à responsabilidade da indústria criativa no desenvolvimento de um futuro mais justo, inclusivo e ambientalmente sustentável. Muitas dessas organizações, inclusive, são certificadas pelo Sistema B, que atesta as boas práticas de ESG de empresas em todo o mundo, como Natura, eu reciclo, Nespresso e Danone.
“Todas as agências ati têm em comum a vontade de elevar a régua do mercado de comunicação em várias frentes, desde melhorar as condições de trabalho no setor a ampliar a atuação nas áreas de sustentabilidade ambiental e social de forma transversal aos negócios”, afirma Ellen Bileski, CEO e fundadora da Agência Ecomunica.
“A ati no Brasil é um convite para as agências de comunicação, marketing e relações públicas firmarem um compromisso de impactar positivamente a sociedade e o meio ambiente. Nós queremos mais agências brasileiras conosco, pois temos certeza que a indústria da comunicação é essencial para a mudança acontecer”, diz Rodrigo V Cunha, CEO e fundador da agência Profile. Carla Gullo, diretora da Circular, concorda: “A ati nos convida a refletir sobre nossa profissão e a sua importância. Trabalhamos com algo dinâmico e vivo. A sociedade atual pede essas mudanças e temos obrigação de contribuir”, diz.
Para ser membro da ati, as organizações devem demonstrar ter um propósito de impacto definido, experiência concreta em projetos de triplo impacto para clientes e o desenvolvimento de boas práticas relacionadas à ética profissional, trabalho, gênero e aspectos ambientais.
Para mais informações por favor entre em contato com Rubens Rinaldi – rubens@agenciaecomunica.com.br
Agências que conduzem o movimento
ATI (União das Agências de Triplo Impacto)
Argentina
Oficina de proyectos
Brasil
Profile
Ecomunica
Circular
Dupla
México
US – LATAM
Uruguai
Impulso creativo
DNS (Do Not Smile)
Alemanha
Áustria
Bélgica
Bélgica e Holanda
Dinamarca
Goodvertising
Espanha
França
Grécia
Itália
Turquia
Reino Unido