Os meios digitais aceleraram o engajamento das marcas nas diversas plataformas da rede. No entanto, as companhias já não conseguem mais se comunicar diretamente com os seus consumidores. O principal motivo é o alto congestionamento digital, que distanciou o público das empresas. Para direcionar e tirar as companhias desse “buraco negro digital”, a Instanteaser, startup fundada há seis anos, uniu cinco sócios que mesclaram suas habilidades criativas e tecnológicas para levar as marcas ao próximo nível da comunicação digital.
Mas quais seriam os principais erros das marcas no mundo digital em 2022? Bem, os erros estão sempre evoluindo e mudando. No entanto, ao olhar de forma macro, principalmente pensando nas grandes marcas, a transição do analógico para o digital foi brutal e rápida. O modelo publicitário tradicional pouco mudou em décadas, e quase que, do dia pra noite, tudo virou de ponta cabeça. O digital deixou de ser opcional para se transformar em essencial.
Tendências para 2023
Em um cenário onde as pessoas têm o controle sobre o conteúdo que querem consumir, na ponta dos dedos, a qualidade é fator fundamental para se destacar no meio do congestionamento digital. Esse é um dos pontos de impacto mais importante, uma vez que foca na retenção da atenção daqueles que estiverem assistindo.
A criação de conteúdo em escala, de forma segmentada, são o cerne para que os vídeos impactem nos primeiros frames, facilitando assim o engajamento, e, com isso, retendo a atenção de quem está assistindo, propiciando um ambiente que favoreça a conversão em venda.
As marcas disputam a atenção dos seus consumidores com absolutamente todo mundo que tem um smartphone e conta em rede social. As próprias pessoas, o público, se transformou em mídia. As plataformas de mídia são globais, não são mais locais, e o público está disperso entre elas. Olhando para frente, a terceira fase da internet, também conhecida como Web3, é gerida por meio de blockchains, que são plataformas de acesso público que armazenam os dados e transações dos usuários, amplificará essa questão para as marcas. Analisando a Web3 como o lugar onde pessoas, marcas e produtos vão interagir, essa descentralização das mídias pode criar barreiras ainda maiores para que estas se comuniquem direto com seus consumidores. As empresas precisam estar preparadas para essa transformação.
Para o sócio fundador da Instanteaser, Doug Clayton, cada mídia tem suas particularidades, mas, de maneira geral, o tempo de atenção de uma pessoa está correlacionado ao tamanho da tela em que o conteúdo está sendo exibido. “No caso de um cinema o público fica 2 horas olhando para tela ininterruptamente. Na TV talvez 30, 15 minutos. Já no celular é muito mais difícil ficar focado em uma só coisa durante mais do que alguns poucos minutos. Somado a isso, há uma vasta gama de opções no dispositivo também para distrair. Pensando que o usuário mais jovem já nasceu nessa realidade, do celular como ‘a tela onde ele consome conteúdo’, é natural que ele seja muito mais imediatista do que nossos pais e avós”, destaca o executivo.
Talvez por essa razão, hoje, as marcas abracem muito rápido as tendências sem necessariamente entendê-las, quais as causas e para onde vão. Com isso, todo mundo acaba fazendo a mesma coisa, disputando o mesmo espaço e com um horizonte muito curto de impacto dessas iniciativas.