A novela entre Palmeiras e Adidas continua. A incerteza sobre a renovação do clube paulista com sua atual fornecedora de material esportivo segue sendo um dos assuntos mais tratados no mundo do esporte nesse momento e há também a discussão de quem assume o clube caso a marca alemã não renove.
Ao que tudo indica a Adidas não deve renovar. Aparentemente a proposta foi baixa, não agradou o Palmeiras e a marca deve mesmo encerrar a passagem de 12 anos no clube de Palestra Itália ao final desta temporada de 2018.
A partir disso surgem as marcas que querem assumir o Palmeiras. Puma e Topper aparecem como as principais concorrentes da Adidas na negociação e o clube espera definir o próximo fornecedor de material esportivo o mais rápido possível.
O Jogada do Marketing mostra agora um resumo do que cada uma das três empresas está oferecendo ao Palmeiras e o que pode pesar na decisão do clube:
Adidas
A atual fornecedora de material esportivo do time diz que quer renovar, apesar das recentes notícias dizendo que a matriz alemã da marca mandou a filial brasileira encerrar as conversas. Os valores da proposta são o principal entrave da negociação, já que o Palmeiras considera a proposta baixa e injusta, se comparado ao valor pago pela própria Adidas ao Flamengo.
A empresa diz que a proposta feita foi muito boa considerando o valor fixo do contrato mais os royalties. Em seu favor, a Adidas alega ainda que é a única empresa que possui condições de atender à demanda da torcida palmeirense.
Por contrato o Palmeiras deve apresentar para a Adidas todas as propostas recebidas, para que possa assim decidir se pretende ou não cobrir a oferta. As informações dão conta de que os valores oferecidos pelos concorrentes não serão cobertos e a saída da empresa é o desfecho mais provável da novela.
O ponto negativo aqui é que, além, claro, dos valores considerados baixos, os torcedores têm andado insatisfeitos com a empresa por conta dos últimos uniformes criados para o Palmeiras. Uns reclamam da falta de criatividade, outros do fato de a empresa não usar o símbolo oficial nos uniformes, e até da falta de criação de camisas de goleiro para o clube, que ainda utiliza camisas de 2014.
Torcida do Palmeiras se revolta com ressurgimento da camisa usada pelos goleiros em 2014; em meio às críticas, Verdão e Adidas ficam longe da renovação de contrato https://t.co/fgMqpo1nqO via @yahooesportes
— Jorge Nicola (@jorgenicola) February 16, 2018
Puma
Preferida pelos torcedores palmeirenses a empresa, também alemã, promete dar ao Palmeiras um tratamento VIP, e expandir a marca do clube no cenário mundial de forma muito ampla.
A Puma promete utilizar o Palmeiras como uma das principais aquisições da marca e promete dar um tratamento semelhante ao que acontecerá com o Milan, que trocou a Adidas pela Puma nesta temporada. A Puma assume o clube italiano no início da temporada 2018/19.
E mais um ponto que agrada a diretoria e a torcida alviverde é o fato de a Puma ter prometido exclusividade total ao Palmeiras no Brasil. Isso quer dizer que, se assumir o clube, a empresa não fornecerá camisas para nenhum outro time do país enquanto estiver com o Verdão.
O ponto negativo que está pesando aqui para os torcedores é o fato de a confecção das camisas da Puma serem pequenos. A torcida alega que os palmeirenses são mais “gordinhos”, e que as camisas não vão servir. Pelo Twitter a empresa alegou que “tem camisas para todos os tamanhos”.
https://twitter.com/MinutoPalmeiras/status/964481684061282309

Topper
A opção mais rejeitada pela torcida nas redes sociais ganhou força nos últimos dias por conta dos valores. Entre as três propostas apresentadas a da Topper é a mais rentável para o clube, porém não é bem vista pelos torcedores.
O projeto da Topper com o Palmeiras seria tratar o clube como principal cliente a fim expandir a marca da empresa no cenário nacional. O Verdão seria o 11º clube brasileiro vestindo materiais fornecidos pela empresa.
Outro ponto que poderia ajudar no desdobramento do negócio é a boa relação entre o dono da Topper, Carlos Wizard, com o Palmeiras. O empresário tem bom relacionamento com o presidente Maurício Galliotte, é palmeirense e atualmente patrocina algumas franquias licenciadas pelo clube de escolinhas de futebol.
O ponto negativo neste caso, além da rejeição da torcida que alega que a Topper não tem a grandeza necessária para assumir o Palmeiras, é que a empresa já teve problemas de distribuição de camisas com o Botafogo, que chegou a ficar sem camisas para vender e as categorias de base ficaram sem uniforme para jogar.

Dito isso ao que tudo indica o Palmeiras entrará em campo em 2019 vestindo Puma. A empresa foi que melhor satisfez as necessidades do clube, tanto em questão de valores quanto de visibilidade e expansão de marca. Resta agora que os palmeirenses façam um “regiminho” para conseguirem vestir as camisas.