Por Gustavo Caetano
Há alguns anos a movimentação do streaming toma conta do mercado. Recentemente uma pesquisa do Youtube mostrou que o consumo de vídeos online já é maior do que da televisão: em cinco anos o crescimento foi de 165%, um aumento muito significativo se comparado aos 25% da TV. É, sem dúvida, um modelo de consumo que já está estabelecido nas casas e mentes dos consumidores. Mas como todo negócio de sucesso, as empresas do segmento passam agora pelo famoso processo de “briga pela concorrência”. E no Brasil não será diferente.
Desde que chegou ao mercado nacional, em 2010, a Netflix teve rápida ascensão conquistando seu império em terras tupiniquins. O brasileiro tem essa característica de aceitar muito bem novas tecnologias, especialmente as vindas do mercado norte-americano. Foi certamente um desafio, mas ainda assim um dos segmentos mais fáceis para a gigante.
Ao se estabelecer no país, enfrentou quase nada de concorrência no mundo do entretenimento. Pelo contrário, as operadoras de Tv a cabo e até mesmo os grandes grupos da Tv “tradicional” precisaram correr atrás e lançar suas próprias versões de serviço on demand, nada que até então abalasse o monopólio da empresa por aqui.
Se pararmos para analisar toda trajetória até aqui, podemos dizer que este cenário está com os dias contados. 2020, aquele ano do tão esperado futuro já está batendo na nossa porta, e com ele aterrizarão também novos e potentes nomes do streaming mundial. A Amazon Prime, considerada sua principal concorrente acaba de anunciar a expansão no mercado nacional, unificando comércio eletrônico e vídeo por uma única mensalidade.
Outra grande promessa para o ano que se aproxima é a chegada da Disney +. Dona da Marvel, da Pixar e com um catálogo recheado de produtos com capacidade para atrair consumidores de todas as idades, a novidade vai balançar o mercado e demandar, especialmente da Netflix, uma outra visão e novas estratégias.
Ainda falando em 2020, que parece ser o ano dos lançamentos on demand, chegará ao mercado também a Warner Media. O serviço terá como carro chefe as aclamadas séries da HBO, filmes da DC, desenhos Looney Tunes e até jornalismo da CNN. A previsão de estreia é para o primeiro trimestre e além de todas as novidades, a Warner Media já mexeu com a até então queridinha do mercado, com o pedido de retirada da série Friends, uma das mais assistidas do mundo, do catálogo já no início do ano.
O segmento internacional já está mais acostumado com as diversas possibilidades, apesar dos novos lançamentos. O mercado brasileiro por outro lado até aqui, estava paralisado no quase monopólio que a Netflix sabiamente construiu, e agora se prepara para novos ares. Como eu disse antes, nós temos a capacidade em se adaptar às novidades, algo que antes foi um facilitador e agora torna o trabalho da empresa ainda mais desafiador. Será preciso sair do senso comum que os acompanha há pelo menos seis anos. Vale acompanharmos essa disputa!
*Gustavo Caetano é CEO da Samba Tech, que ajuda centenas de empresas a se comunicar melhor com sua audiência por meio de vídeos online. Suas soluções de Educação a Distância, Comunicação Corporativa, Transmissão ao Vivo e TV na Internet cuidam de ponta a ponta, desde o momento que o vídeo sai da câmera até ele ser distribuído para qualquer aparelho conectado à internet. Por meio da tecnologia de streaming, a empresa leva o conteúdo de seus clientes a milhares de pessoas, tornando mais democrático o acesso a uma mensagem de qualidade.