Com a pandemia muitos setores precisaram se reinventar, como é o caso das empresas de eventos. De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), até fevereiro deste ano, mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados em 2020 e não será diferente em 2021.
Ainda segundo a associação, um terço das empresas fechou as portas em definitivo. Das que permanecem abertas, 97 de cada 100 não está prestando serviço. O ramo deixou de faturar R$ 90 bilhões. E um terço das empresas em atividade vai ter muita dificuldade para reabrir, diz o levantamento.
No entanto, algumas empresas apostaram em inovação e estão superando esse momento de crise, como o Grupo MM especializado em eventos corporativos desde a década de 90. A empresa contabilizou 700 eventos em 2020. De janeiro a abril deste ano já foram feitos 183 eventos digitais, sendo 21 híbridos, formato que mescla o semipresencial e o online. A expectativa de faturamento é fechar 2021 em R$ 105 milhões, aproximadamente 5% maior do que o ano anterior.
Um dos novos projetos é a realização de um evento de semanas com a entrega de um kit preparado especialmente para cada dia, uma vez que as lives tradicionais já estão ultrapassadas. A sensação de experiência personalizada é decisiva para enfrentar o isolamento. A quantidade de pessoas varia conforme a empresa que solicita o serviço e pode variar de 50 a dois mil kits personalizados.
A criação foi batizada de “lives interativas” em que o convidado tem uma experiência dinâmica através de um kit físico entregue na sua casa, o que facilita o transporte e a experiência do presencial para o online. Com esse novo formato a empresa planeja fechar o ano com 950 eventos realizados.