Por Daniel Palis
Existe um otimismo acerca do momento econômico no País. Alguns setores responsáveis por essa retomada precisarão de apoio das agências de marketing digital para conseguir crescer ao longo do ano. Em especial, o mercado imobiliário, os e-commerces e as startups, afinal, o trabalho de divulgação no mundo online reverbera no negócio real desses segmentos.
O mercado imobiliário passa por uma verdadeira revolução. Quase ninguém mais compra ou aluga um imóvel sem passar em algum momento pela internet. O trabalho nesse segmento é amplo, complexo e desafiador, mas é possível compreender como atuar de forma sinérgica com esse segmento. O trabalho da área de marketing sempre foi entender o cliente e colocar o produto na frente dele. Com o mercado imobiliário, não é diferente. As campanhas são mais longas, pois comprar um tênis é muito diferente de comprar um apartamento, é claro.
Entender o papel do marketing digital para os e-commerces é mais fácil. Esses comércios precisam vender, então sua necessidade de performance é mais intuitiva. Existe uma ascensão ano a ano deste setor. Ou seja, quem não se adaptar, não colocar a loja ao alcance de um clique, perde a venda. Hoje, é possível saber como buscar o cliente para dentro da loja virtual. Ele vai buscar o produto em um computador ou dispositivo móvel e é preciso ter uma boa estratégia para que a sua loja seja a primeira a aparecer nos buscadores. Em um mercado em que todas as grandes redes de varejo estão apostando neste tipo de divulgação, é preciso ser inteligente e estratégico para não ser engolido.
Por fim, as startups precisam encontrar seu público e deixar claro seu diferencial de mercado e sua solidez, especialmente as fintechs. O Brasil recebeu investimentos recordes para esse setor em 2018 e a expectativa é que isso aumente ainda mais este ano. As startups fazem parte do dia a dia do brasileiro e isso não tem mais volta. São empresas que estão destravando o mercado e muitas delas crescerão muito em um tempo muito pequeno. Mas para isso, elas precisam estar ao alcance do público, ou nada disso adianta.
O trabalho do marketing digital nesse cenário tem que ser feito com seriedade e muita responsabilidade, também. A verdade é que as pessoas estão um pouco perdidas, mas sabem o que precisam. Como se não bastasse, quase que diariamente surge uma ferramenta nova. É difícil para o cliente escolher uma agência e até cobrar resultado. Então ele chega até a gente querendo ‘curtidas’ ou a produção de um ‘vídeo viral’, isso porque em algum momento ele associou essas palavras a uma estratégia de marketing digital eficiente, o que não é verdade.
Por isso, mais do que simplesmente captar novos clientes, as agências precisam cumprir com uma responsabilidade perante o mercado. É nossa a responsabilidade de explicar detalhadamente como cada sistema funciona, como aquele planejamento vai ter impacto no negócio. É preciso explicar cada palavra, cada termo, inclusive para que ele possa por si só avaliar os relatórios, saber se ele está tendo o retorno daquilo que pagou.É preciso educar os clientes, conversar com menos jargões técnicos e criar uma cultura totalmente transparente.
Daniel Palis é sócio-fundador da Calina, agência de marketing digital especializada em PMEs composta integralmente por engenheiros. É formado em Ciência da Computação pela USP, em Marketing pela Universidade Federal de Goiás e possui MBA em Negócios Internacionais pela Florida International University College of Business.