A partida entre Barcelona e Las Palmas, no último domingo, dia 1, não foi o principal assunto do fim de semana na Espanha. Este foi o dia em que milhares de eleitores catalães saíram para votar em um referendo que decidiria se a Catalunha se tornaria ou não independente da Espanha.
Apesar da data histórica, a polícia espanhola quis intervir e evitar o referendo, fechando pontos de votação e causando tumulto com os civisque queriam exercer o seu direito ao voto.

Por conta da importância da data, o Barcelona, principal referência catalã no mundo, pediu à organização da La Liga para que a partida fosse adiada. O pedido foi prontamente negado, então a reação do Barça foi realizar o jogo em portões fechados para o público.

A partida terminou 3 a 0 para o Barcelona, mas os números que mais chamaram a atenção foram os do Twitter. A partida entre Barcelona e Las Palmas teve mais de 500 milhões de interações na plataforma.
O Las Palmas é um clube pequeno, localizado na Ilha de Gran Canaria, e esses números representam uma interação jamais imaginada pelo time. Foram mais de 74 mil menções à equipe, com 47 mil usuários diferentes. Em momentos de pico da partida, foram mais de 500 comentários por minuto.
A postagem do Las Palmas anunciando sua decisão de estampar uma bandeira da Espanha na camisa foi a que mais gerou interações, com 1,8 milhão. Além disso, foram mais de 19 mil curtidas e 15 mil retweets.
COMUNICADO OFICIAL
https://t.co/okzQAcyTj7 pic.twitter.com/5nt9GpjnwX— UD Las Palmas (@UDLP_Oficial) October 1, 2017
No link, o clube publicou uma nota oficial, e a mensagem do clube enaltece a data da partida, dia 1 de outubro, e reforça a ideia de que apesar da distância de Gran Canaria, eles nunca quiseram fazer parte de outro país. O tweet ainda conta com uma mensagem de esperança de melhora no futuro da Espanha.
O zagueiro catalão do Barcelona, Gerard Piqué, votou na manhã do domingo a favor da independência, e diz que se os espanhóis não aceitarem isso, ele se aposentará da seleção roja. O ex-zagueiro do clube, Carles Puyol, lamentou a violência policial e defendeu o direito da liberdade de expressão.