Pelo terceiro ano, o BNP Paribas divulga seu relatório global de empreendedorismo de elite, que mostra as áreas e produtos nos quais os empreendedores multimilionários estão direcionando seus investimentos. Na pesquisa com 2.706 empresários em todo o mundo, 55% são considerados “investidores responsáveis”, ou seja, têm pelo menos um de seus ativos gerando resultados com responsabilidade ambiental ou social, um montante de US$ 2,7 bilhões em investimentos.
Brasil, Ásia e Oriente Médio são os que mais têm investimentos com objetivos sociais e ambientais no mundo. Os brasileiros ficaram acima da média em todos os tipos de investimento, uma vez que “em economias emergentes, o retorno neste tipo de investimento é equivalente a produtos mais tradicionais, como private equity, ainda que estes empreendedores também busquem a motivação nos impactos positivos que causam”, comenta Mauro Rached, diretor da área de Wealth Management do BNP Paribas Brasil.
Por aqui, os entrevistados têm como prioridade a preservação do meio ambiente, seguida pela criação de empregos e combate à desigualdade. Um a cada cinco empreendedores tem como prioridade fazer a diferença em sua comunidade, proporção similar a da China. Globalmente, além dos segmentos que atraem os brasileiros, fontes de energia limpa são também uma área de investimento para 36% dos empreendedores.
No Brasil, os empreendedores de elite que criaram e comandam quatro ou mais empresas são os que mais geram empregos na região, com uma média de 732 pessoas empregadas.
Diferentes perfis
O estudo levou em consideração diferentes perfis de empreendedores multimilionários e analisou que os investidores da geração millennial e as mulheres foram que os que mais obtiveram sucesso em seus negócios.
Os jovens de 35 anos ou menos são os que mais vendem suas empresas em todo o mundo: 67% ante os 43% da média global, enquanto a maioria das mulheres (84%) aumentou os lucros de seus negócios nos últimos 12 meses.
Ainda que a maior parte dos recursos de todos os empreendedores de elite brasileiros seja destinada aos negócios próprios (18%), os investimentos em imóveis e rendimentos fixos se destacam nos investimentos pessoais, com 14% de representatividade cada. Moeda (11%) e ações (10%) seguem na lista de investimentos prioritários, seguido por investimentos socialmente responsáveis (8%), filantropia e doações e private equity (ambos com 7%), fundos de hedge (6%) e investimentos anjo (5%).