Terminou ontem a disputa da semifinal do Mundial de Clubes e já conhecemos os times que se enfrentam na final. Como era de se esperar, Real Madrid e Grêmio venceram seus jogos e estão na final. Porém a tarefa de vencer Al Jazira e Pachuca, respectivamente, não foi tão simples quanto se imaginava.
Na terça-feira, dia 12, o Grêmio enfrentou o Pachuca, do México, que vinha de uma vitória sofrida na prorrogação contra o Wydad Casablanca, do Marrocos, em um jogo feio, chato e sonolento. Imaginava-se então que o Grêmio teria facilidade para vencer os mexicanos.
Não foi bem assim. A partida foi pegada, disputada, com poucos espaços e poucas chances. Por duas vezes o lateral esquerdo do Grêmio, Cortez, salvou o time de tomar o gol no tempo normal. Na frente o Grêmio pouco criou e a partida terminou 0 a 0, e foi para a prorrogação.
Bastou cinco minutos de jogo no tempo extra para o Grêmio conseguir seu gol. Depois de uma linda jogada pela lateral do campo, Everton Cebolinha, que tinha vindo do banco de reservas, guardou o dele e levou o Grêmio para sua terceira final de mundial, e agora o tricolor busca o tricampeonato.

O adversário do Grêmio será o Real Madrid, que fez ontem, dia 13, um dos jogos mais malucos da história dos mundiais, contra o Al Jazira. A partida teve goleiro milagroso saindo machucado, três gols anulados (dois pelo árbitro de vídeo), quatro bolas na trave, gol no primeiro toque na bola e até gol de Romarinho, ex-Corinthians.
Assim como todos esperavam, o Real Madrid tomou conta do jogo. Desde o primeiro minuto os merengues pressionaram. E foi aí que apareceu a estrela de Ali Khaseif. O goleirão do Al Jazira pegou tudo. Pegou chute desviado, defendeu bola que depois foi na trave e contou até com a sorte em muitos lances.
Cristiano Ronaldo, Benzema, Modric, Isco, Kovacic, ninguém conseguiu superar o goleiro, que saiu do jogo tendo feito oito defesas (e pelo menos seis foram difíceis ou milagres). Mas duas bolas passaram por Ali Khaseif. Uma cabeçada de Benzema e outra de Casemiro terminaram no fundo do gol.
Porém, ambos foram anulados. O gol de Benzema foi anulado por uma falta de Cristiano Ronaldo e o gol de Casemiro contou com a ajuda do árbitro de vídeo e foi anulado por impedimento de Benzema. E como se não bastasse tantas chances criadas e desperdiçadas, aos 41 minutos da primeira etapa Romarinho abriu o placar para o Al Jazira.
Na volta do intervalo as coisas poderiam ter ficado muito piores para o Real Madrid, pois o Al Jazira, vejam só, marcou o segundo gol. No entanto, depois de três minutos de bola rolando, o gol foi anulado (corretamente) por impedimento. E foi aí que a sorte do time merengue mudou.
Ao mesmo tempo em que Sandro Meira Ricci, árbitro brasileiro que comandou a partida, anulou o gol do Al Jazira, o herói da noite Ali Khaseif saiu de campo machucado, e deu lugar ao seu reserva Al Senani, que não teve a mesma sorte do companheiro.
No primeiro chute a gol do Real Madrid contra o novo goleiro, Cristiano Ronaldo empatou o jogo aos 8 minutos do segundo tempo e se tornou o maior artilheiro da história dos Mundiais, com seis gols. Al Senani ainda fez mais algumas defesas, o Al Jazira levou certo perigo em alguns contra ataques, mas nada de muito interessante aconteceu até os 37 minutos.
Foi neste momento que Zidane tirou Benzema (que tinha feito um gol anulado e chutado duas bolas na trave) e colocou Gareth Bale. Um minuto depois de entrar, aos 38, o galês deu o seu primeiro toque na bola e o resultado foi o gol da vitória merengue, que apesar do sofrimento, avançou para a final.

O jogo foi completamente dominado pelo Real Madrid, que terminou a partida com 70% de posse de bola e 35 finalizações. Mas a garra e a honra do time emiradense não pode ser ignorada. Mesmo diante de um gigante como o time espanhol, o Al Jazira quase se classificou e chegou a fazer 2 a 0 em determinado momento.
Real Madrid e Grêmio se enfrentam agora na final do torneio no próximo sábado, dia 16, às 15h no horário de Brasília, no estádio Zayed Sports City. O Al Jazira enfrenta ainda o Pachuca na disputa de terceiro lugar, às 12h, em partida preliminar à final.