Em um cenário natural, Paulo Martinez, COO da Agência Ginga, exalta que tudo que possuímos vem da natureza e – até mesmo – nós, os seres humanos, somos resultado desse processo.
Assim, é importante que a natureza deva ser preservada, caso contrário, a humanidade caminha para sua rápida destruição, ainda que sejamos os seres mais jovens na Terra.
Em seguida, fala sobre dados da evolução humana até chegarmos ao contexto em que vivemos, provocando uma reflexão sobre se o ser humano com comportamento predatório e de degradação, utilizando os recursos sem limites, não é o verdadeiro vírus da Terra?
Assim, é essencial que nos inspiremos na natureza, no conceito de inovação, trazendo isso para o dia a dia dos negócios, como colaboração, adaptação e diversidade, porque a natureza já é assim. Por isso, acredita que isso deve ser trazido para a nossa vida. “A natureza é a mãe de todas as inovações”, diz.
Segundo ele, atualmente, em meio à pandemia, encontramos duas forças: aquela que vem de fora pra dentro, através de todos os acontecimentos no entorno, e de dentro pra fora, em que as pessoas estão sentindo a necessidade de atuar, de adaptar, de crescer. Desta forma, a força dessa transformação é personificada nas pessoas.
Para os negócios, isso significa uma maior responsabilidade social, financeira e de governança, trazendo outros fatores que – não necessariamente – são apenas financeiros para tomadas de decisões em investimentos, em valor.
Com dados estatísticos, ele mostra que desde 2009 isso vem crescendo de forma contundente, sobretudo nos últimos três, quatro anos. Cita a geração milenium como uma das maiores forças sociais e econômicas, mostrando que 84% deles tem interesse em investimos mais sustentáveis e responsáveis, além de movimentar cerca de 88 milhões de dólares em investimentos.
Assim, é importante que as empresas sejam realmente responsáveis sob o prisma ambiental, social e econômico, pois esta é a raiz da inovação. “Existe a crença de que inovação é basicamente tecnologia, mas ela passa por aspectos mais conscientes e por uma real conexão da sociedade com a natureza”, alerta.
Explana os 5 paradigmas que precisam ser transformados: o crescimento para a permanência, discutindo se ser maior é melhor, explicando que metas de crescimento são saudáveis, mas alerta que não há espaço para todo mundo crescer, então devemos mudar essa concepção para uma de ser maior, mais próspero e tentar ser mais adaptável ao que importa, sem “matar” seu concorrente; cita a Exploração para a regeneração, na qual não se deve ultrapassar os limites dos recursos, evitando a excassez e fazendo um manejo sustentável; Diz que o Lucro deve ter um significado, um conceito de valor para as pessoas, para a comunidade e não apenas ao acionista; fala sobre o Ensino para Aprendizagem, no qual é necessária uma reformulação para formação do exercício de pensar; e, por fim, que deve haver uma transição da Tecnocracia para uma ética mais inclusiva, porque a inovação não e só tecnologia. Que a tecnologia não deve estar acima de tudo e sim a serviço da sociedade.
“Esses são os cinco conceitos que chamo de raízes da inovação, a essência do que fazemos é a semente do que plantamos. Esta é a árvore da inovação: as cinco raízes que a permeiam, com a estrutura em forma de tronco, os frutos – com resultados gerados de forma positiva e a vida de novas árvores. Esse é o conceito, um novo olhar, uma reflexão para voltarmos à nossa essência, a nossa própria natureza humana”, encerra.
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