Com a questão de que hoje em dia há um problema em resumir as metodologias de inovação ao uso das ferramentas, Renato Sertório, mostra – em sua palestra – que a inovação não vai surgir só porque se usa um método específico.
“Depositar todo o meu potencial nisso, ou transferir todo a responsabilidade de inovação através de uma ferramenta, simplesmente, não é saudável”, diz.
Devido à pandemia, ele alerta que Isso tem ficado mais evidente – principalmente – pelo uso das plataformas de colaboração remota, como os painéis que oferecem templates e tentam os usuários ao seu uso, simplificando os processos que ficam sem profundidade na abordagem, na metodologia e resumem tudo, até mesmo as relações.
“O que eu entendo como ferramenta, é tudo que usamos como recurso para aplicar o método. Mas que uma metodologia geralmente tem outros elementos importantes que vão trazer todo o resultado que esperamos dessa aplicação, especialmente na inovação”, explica.
Salienta que o usar dessas ferramentas não vai tornar ninguém inovador, então, acrescenta que é necessário entregar um resultado inovador, com as pessoas absorvendo e dando continuidade, sistematizando de alguma forma o pensamento inovador as práticas inovadoras.
“Obviamente o uso e escolha adequados das ferramentas que devem ser usadas em cada uma das situações é fundamental”, diz.
Alerta para o importante é ter claro o contexto e saber por que usar, quando usar e como usar, dizendo que resumir o design thinking – por exemplo – a uma etapa de prototipação, é fazer mau uso da metodologia, que cai em descrédito e não gera resultado, o que é muito comum hoje em dia. “Isso acontece porque o uso da ferramenta é feito sem levar em conta seus princípios e os valores que ela deve proporcionar. Então, o ideal e escolher uma ferramenta para cada questão, através de um mapeamento com elementos e princípios claros para o que usar e a expectativa gerada em cima dela”, finaliza