A 19ª edição da Feira EBS, principal encontro da Indústria dos Eventos Corporativos, Incentivos, Congressos, Feiras e Treinamentos & Desenvolvimento no país, que começou no último dia 27, finalizou o primeiro dia com intensa atividade e conteúdo no Centro de Convenções Rebouças, e, São Paulo.
Um dos maiores eventos na retomada presencial do mercado de eventos corporativos, a Feira abriu às 10h com o Speed Meeting, rodada de negócios que reuniu mais de 70 empresas compradoras e fornecedoras até às 12h. Em mesas exclusivas, cada expositor teve 5 minutos para se apresentar a cada comprador. No total, serão mais de 5.000 reuniões que proporcionarão oportunidades de negócios nos dois dias de evento.
Entre os compradores convidados estiveram gestores de marketing, eventos, RH, treinamento, incentivo e compras das principais empresas que realizam e promovem eventos de pequeno, médio e grande porte; agências de live marketing, eventos, promoção, incentivo e viagens corporativas (departamento de eventos); gestores de eventos das associações e entidades de classe (destaque as associações médicas e laboratórios farmacêuticos); organizadoras de congressos, eventos técnicos/científicos e feiras comerciais; compradores de soluções para gestão de pessoas, treinamento e desenvolvimento organizacional; e compradores de produtos e serviços para incentivos e eventos realizados no exterior.
A partir das 13h30, as mais de 40 empresas expositoras da edição de 2021 da Feira abriram seus espaços para a oferta de diversas modalidades de serviços para o público de profissionais que organizam, promovem e realizam eventos corporativos, incentivos, treinamentos, congressos e feiras.
Já às 14h30, teve início a série de palestras nos palcos do 6º Congresso MICE Brasil, o maior evento de conteúdo voltado ao segmento MICE (Meeting, Incentives, Conferences and Exhibitions) realizado no país.
Tendências e dados do setor
Foram sete temas abordados no primeiro dia do Congresso MICE. O conteúdo começou com o painel liderado pelo presidente executivo da AMPRO – Associação de Marketing Promocional / Live Marketing, Alexis Pagliarini, que, ao lado de Dilma Campos e Ronaldo Ferreira Jr, ambos conselheiros da AMPRO, abordou sobre Criativismo ESG nas empresas. O tema traz o neologismo “criativismo”, união de criatividade com ativismo, e da sigla ESG que, em inglês, define as três vertentes de preocupação das empresas antenadas por um mundo melhor: “E”, de Environmental (Meio Ambiente); “S”, de Social (Responsabilidade Social) e “G”, de Governance (Governança). O painel apresentou cases premiados internacionalmente que demonstram sensibilidade, inclusão, empatia e colaboração em suas práticas, além de cases com temas sensíveis e cases criativistas que abordam sobre aquecimento global e pandemia.
“É um movimento que veio pra ficar, a sigla surge há cerca de 2 anos com muita força e passa a responder financeiramente dentro das empresas, que já estão se mostrando ativistas”, comentou Dilma Campos. “O ESG veio para reconhecer esse tipo de atitude, a coragem da liderança das corporações para fazer o que é certo. Eram temas polêmicos e evitados pelas corporações, mas se tornam, além de importantes na questão financeira, o que move as pessoas. Ou entendemos de pessoas, ou não sabemos fazer negócios. Não é um modismo, é uma evolução”, complementou Ronaldo Ferreira Jr.
“O tema virou um mantra no mundo corporativo. Não há um dia em que não abra as notícias e não se fale em ESG. Neste ano, mais de 80% dos cases vencedores de Grand Prix no Cannes Lions tiveram a pegada ESG, empresas demonstrando o que podem fazer a respeito. Precisamos falar sobre como podemos ser ativistas para um mundo melhor, atuar para que a ESG não seja só as três letrinhas, mas seja para valer”, afirmou Pagliarini.
Na sequência, Rodrigo Machado, VP de Comunicação da MPI Brasil – Meeting Professionals International, levou os resultados da pesquisa Meetings Outlook, um levantamento trimestral com associados da MPI nos EUA e na Europa, um raio x de um ano com a percepção dos profissionais de eventos no período mais forte da pandemia, de agosto a setembro de 2020, em comparação ao mesmo período de 2021.
Entre os resultados, o levantamento mostrou, em 2020, 87% de intenção positiva de organizar eventos virtuais e 86% negativa para eventos presenciais. Já na edição de 2021, os dados se inverteram: 77% de intenção positiva de organizar ou participar de eventos presenciais e 47% negativa para eventos virtuais, mostrando que outros formatos devem ser desenvolvidos além do digital. Em relação à percepção de condições de negócios, em 2020 era negativa para 59% dos respondentes, já em 2021 mostrou favorabilidade para 93% dos profissionais. Não foi diferente com os dados a respeito de empregabilidade dos profissionais do setor, quesito que teve os números mais favoráveis na edição de 2021 do levantamento.
O painel também reuniu Ana Soares, gerente de eventos da XP; Aline Montanher, Marketing Services & Event Manager at Merz Aesthetics; e Malu Sevieri, General Manager na Emme Brasil / Messe Düsseldorf, falando ao vivo direto da Alemanha. As profissionais compartilharam sobre como as empresas atuaram, as ações que foram adaptadas no decorrer da pandemia e o planejamento para 2022.
“Os resultados da pesquisa mostram que os protocolos estão funcionando, capacitação é o principal ponto e tem tudo para o setor decolar, retomar os eventos a um nível mais próximo do que estavam antes da pandemia”, complementou Machado.
As atividades do Congresso seguiram com mais três palcos simultâneos, abordando outros cinco temas. “Destinos que lideram a recuperação”, com Elaine Tenerello, Diretora Executiva do Visit Iguassu foi um deles, além do “Engajamento em Eventos Híbridos”, com Sandra Veloso, Community Manager & Events na ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas, e a participação de Rafael Leonildo, Gerente Comercial de Eventos e Incentivos na Copastur; Luís Gustavo, Gerente de Branding e Relacionamento da ArcelorMittal; e Juliana Patti, Regional Event & Disclosure Management na Bayer.
“Estou muito feliz em voltar ao presencial, ver esse movimento na área de eventos é muito importante. Estamos retomando, hoje falamos que fazer eventos não é mais como se fazia em 2019 e que os expertises do profissional de eventos também mudaram. A importância de trabalhar muito bem o pré-evento, fazer uma pesquisa de quem é o participante e o que o evento trará para que o participante se sinta parte dele, com o objetivo de prender a atenção. Não é mais um evento de um dia, ele passa a ser uma jornada que começa muito antes do primeiro dia do evento e termina depois. Logística é uma parte, mas não é isso que fará o evento ter sucesso e olhar para a equipe numa amplitude maior de diversidade são alguns pontos fundamentais”, contribuiu Juliana Patti.
Marcelo Checon, Fundador da M&Co, falou sobre o “Ecossistema de Negócios no segmento do Live Marketing”. “Citamos exemplos reais de empresas que constituíram ecossistemas e não tínhamos essa leitura e percepção, como no mercado de telefonia celular, onde empresas passaram a ter 90% do Market share criando esses ecossistemas. O que criamos, hoje, é inovador, porque conseguimos oferecer soluções de infraestrutura para clientes ou agências, concentradas num único lugar, com recursos próprios, além de contarmos com especialistas em cada área – o grande ativo que temos. E gera negócios, já temos performances alcançadas nesses poucos 60 dias da nossa fundação, embora sejam empresas de décadas de mercado”, declarou Checon.
“Storytelling e tecnologia a serviço das experiências imersivas” foi o tema abordado por Ricardo Bruno e Paulo Baba, presidente e Head de Inovação e Estratégia da Avantgarde Brasil. “Falamos sobre o storytelling, que vem para dar sentido à tecnologia. A tecnologia, por si só, não entrega o que o público precisa, é um meio apenas para o público imergir no conteúdo. E essa imersão fica muito mais interessante quando há uma narrativa por trás, o público precisa disso. Falamos também de algumas tecnologias e mostramos um case muito interessante, do pavilhão de UK que estamos fazendo na Expo 2020 Dubai, que traz não só o design e tecnologia, mas algo muito interessante que é a possibilidade de as pessoas compartilharem palavras e sentimentos e uma inteligência artificial transforma isso em poemas, que passa a fazer parte da cenografia do pavilhão. E abordamos ainda sobre realidade estendida, com um case de Volvo e um empreendimento da Avantgarde lá de fora, uma experiência imersiva voltada para o segmento de turismo, onde trazemos um modelo de negócios diferente”, pontuou Ricardo Bruno.
Para fechar os trabalhos do dia, o Palestrante, Escritor e Pensador Luiz Fernando Lucas falou ao público sobre “Fazer o certo é o único jeito de dar certo”.
“É uma grande satisfação conseguir colocar esse evento em pé nesta retomada. Conseguimos entregar um evento de extrema atualidade, são pouco mais de 40 empresas expondo, rodada com mais de 70 empresas presentes. Estamos juntos para que todos possamos retornar com segurança e os eventos voltem em sua plenitude”, afirmou o CEO do Grupo EBS, Marcello Baranowsky.
Speed Meeting, exposição e conteúdo do Congresso MICE Brasil continuam durante este dia 28 de outubro.
A edição de 2021 da Feira EBS tem o patrocínio do Centro de Convenções Rebouças e da Hoffmann. Apoio institucional: QRid, Inac Live, Visite São Paulo, Benefício SP, Unedestinos, AMPRO – Associação de Marketing Promocional, APP Campinas, ABEOC Brasil – Associação Brasileira das Empresas de Eventos, MPI e IMA Brasil.
O Grupo EBS é um grupo de comunicação que realiza eventos próprios dirigidos aos segmentos MICE e T&D (treinamento & desenvolvimento), possui um portfólio de produtos que incluem a Feira EBS, o Congresso, o Speed Meeting (rodada de negócios), a Revista EBS, Portal EBS. É também criador do primeiro clube de negócios exclusivo aos profissionais deste mercado – o EBS Buyers Club. O Grupo trabalha para gerar conteúdo, networking qualificado e negócios para toda a cadeira produtiva deste mercado, reunindo clientes finais, agências e fornecedores de produtos e serviços para eventos corporativos e incentivos.