Hoje, 25 de novembro, é comemorado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, uma problemática que afeta gravemente o país. Estima-se que cerca de 2 em cada 10 mulheres já tenham sido ameaçadas de morte por seus atuais ou ex-parceiros, enquanto 6 em cada 10 afirmam conhecer mulheres que passaram por essa experiência, conforme relata a pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Consulting do Brasil, com apoio do Ministério das Mulheres.
A pesquisa realizada em outubro deste ano, que ouviu 1.353 mulheres, revelou dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no Brasil. O estudo mostrou que 44% das vítimas têm medo de denunciar, com apenas 30% delas prestando queixa à polícia e 17% solicitando medida protetiva. Esse quadro é agravado pelo fato de que 60% das mulheres brasileiras acreditam que os agressores não enfrentam as consequências pelos atos que cometem. Essa percepção está diretamente relacionada ao aumento dos casos de feminicídio.
Além disso, embora reconheçam que as redes de atendimento à mulher são eficientes, 80% das entrevistadas pontuam que não são suficientes para atender a quantidade de demandas existentes. A mesma porcentagem de participantes também opina que as campanhas de incentivo à denúncia e ao combate à violência, assim como o uso das redes sociais, são ferramentas poderosas de conscientização.
Com o intuito de promover o diálogo sobre um problema marcante do cotidiano brasileiro, a Fatal Model, principal plataforma de anúncio de acompanhantes no país, promoveu uma campanha de conscientização contra a violência no último fim de semana. A ação foi realizada com os clubes patrocinados pela empresa — Brusque, CRB, Paysandu e Vila Nova —, durante os jogos da última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
A campanha consistiu na substituição do número tradicional nas camisetas dos jogadores pelo 180, número referente à Central de Atendimento à Mulher. Um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto AVON, mostra que a violência contra mulher cresce mais de 20% em dias de jogos de futebol.
A iniciativa não se limitou aos campos de futebol. Os clubes estenderam a ação para as redes sociais, com o intuito de promover o engajamento de torcedores em prol da causa. Além disso, será publicado um vídeo em colaboração nos perfis oficiais das equipes com detalhes sobre a campanha, reforçando o compromisso desses clubes no combate à violência contra a mulher.
O movimento foi realizado em homenagem ao Dia Laranja, uma data dedicada a alertar a sociedade sobre a urgência de prevenir e erradicar a violência contra as mulheres. A ação busca sensibilizar a população, mobilizando não apenas os torcedores, mas também a comunidade em geral, para a importância de unir forças no enfrentamento dessa grave questão social.
“Campanhas deste tipo são extremamente necessárias em nossa sociedade e se mostram ainda mais importantes no meio esportivo, visto os dados que mostram que a violência contra a mulher aumenta consideravelmente em dias de jogos. A Fatal Model não é uma patrocinadora tradicional e, em uma data importante como essa, buscamos fazer algo que atinja e conscientize o público do futebol, para que o esporte se torne um lugar seguro para as mulheres”, explica Nina Sag, porta-voz da Fatal Model.