O interesse pelas gerações nunca foi tão alto como no último ano. Segundo um estudo realizado pela Adventures – primeira Brandtech da América Latina e uma das mais promissoras startups do país, houve um aumento de 127% no interesse das buscas pela Geração Z na internet, 37% de aumento no interesse pela Y e 33% pela X. Tais dados só reforçam o quando a discussão acerca das gerações se torna mais relevante a cada dia, principalmente porque muitas marcas estão cada vez mais antenadas nas preferências de cada uma delas e na forma como os perfis geracionais têm impactado nas relações de consumo.
“A pergunta que vale 1 milhão de dólares é: como posso aproximar os consumidores da minha marca? Um ótimo caminho para começar a entender o seu público é saber que a diferença entre as gerações impacta diretamente em suas preferências. Além do desenvolvimento das marcas, o entendimento das gerações também impacta na construção de um mundo mais justo e positivo. Pensando nisso, decidimos reunir em um só documento tudo o que de mais importante é preciso entender sobre as gerações”, comenta Carol Rosa, sócia e diretora de criação da Adventures.
De acordo com o levantamento realizado pela Brandtech, as conversas envolvendo a Geração X não possuem foco apenas nela e são direcionadas principalmente à comparação dela com as outras gerações em diferentes aspectos. Apesar de enfrentarem preconceito etário e representarem um menor consumo no digital, essa é a geração que tem grande potencial de movimentar a chamada “Economia Prateada”, mas ainda é, em partes, ignorada pelas marcas.
Já quando se fala nos Millennials, um dos principais temas abordados nas conversas sobre eles, geralmente em comparação com a Geração Z, são as mudanças que a pandemia trouxe para suas vidas em diferentes vertentes: home office, mobilidade, higiene, compras, viagens, namoro, entre outros. “Em 17 de junho de 2021, a publicitária e Youtuber Carol Rocha fez um tweet que acendeu as conversas a respeito das gerações. Dois dias depois, notamos que as menções sobre millennials alcançaram seus maiores picos – e giraram em torno do que eles fazem e do que seria considerado cringe (vergonhoso) pela geração Z”, afirma Mariana Gomes, analista da área de BI & Insights da Adventures. O estudo também detalha como a recessão econômica impacta diretamente essa geração.
Entre a Geração Z, as conversas sobre a pandemia e a vacinação também se destacaram, em razão da disponibilização da primeira dose da vacina ter chegado para eles. A apresentadora Maisa Silva viralizou por ter divulgado esse momento. Os picos das menções à Gen Z também ocorreram em razão da thread sobre o que eles consideravam cringe nos Millennials, porém, em quantidades mais expressivas. “Nosso estudo aborda como a Gen Z é ao mesmo tempo a mais conectada digitalmente, mas também a mais preocupada com questões sociais e políticas”, pontua Mariana.
Geração Z vs Y – resiliência e transformação de comportamentos
Durante o estudo foi possível observar diferenças entre as Gerações Z e Y que foram evidenciadas principalmente dentro do contexto de pandemia. Exemplo disso está na questão financeira desses jovens. O levantamento aponta que essas gerações passam por índices recorde de desemprego e inflação, diminuindo seu poder de compra, e abalando sua preocupação e felicidade.
“Um outro ponto de destaque é a preocupação com a saúde mental. Para essas essas duas gerações, esse é um aspecto que precisa ser mais observado e cuidado pela sociedade. Eles são mais preocupados e ativos diante de grandes mudanças na sociedade, dessa forma, prezam por condições justas e positivas de trabalho, e preferem empresas que tenham impactos bons para a sociedade”, analisa Mariana. “Além disso, há nesses perfis a valorização das atitudes pequenas e locais em benefício do todo (impacto global)”.
Há ainda uma grande dedicação dessas gerações para criar uma sociedade mais diversa, igualitária e flexível, além de novas culturas organizacionais que prezem por um forte propósito.
Apesar de estarem passando por situações de desafio, ambas as gerações acreditam que as empresas e governos têm mostrado respostas positivas frente à pandemia, e acreditam em novas oportunidades. Seu papel dentro dessas transformações não é de esperar, mas sim de fazer acontecer. Com base nos dados é possível afirmar que o mundo pós-pandêmico pode ser melhor e eles não irão hesitar em transformá-lo.
Confira as principais diferenças entre as gerações:
