Especialista em fotografia de capas de álbuns musicais, singles e videoclipes, a brasileira Livia Elektra é a mais nova integrante da EVE, organização dedicada a integrar o universo feminino no mercado de NFTs. Com crescente reconhecimento mundial e considerada pela plataforma NFTPhotographers uma das melhores fotógrafas do mundo, Elektra terá suas obras exibidas nos telões da Times Square, em Nova York, a partir do dia 20 de junho de 2022, e foi convidada pela World Of Woman, Code Green e Vinci Airports para expor o seu trabalho em mais de 20 aeroportos na França, Japão, Portugal, Costa Rica, República Dominicana, Brasil e Sérvia. Além disso, a artista também estará em uma exposição em Liverpool, a convite de Keith A. Grossman, presidente da revista Time.
Para formar a EVE, Elektra junta-se a Ana Laura Magalhães, Cintia Ferreira, Kim Farrell, Nina Silva, Nubia Mota, Paula Lima, Roberta Antunes, Simone Sancho e Samara Costa, compondo um grupo de mulheres executivas e artistas, com ampla e diversificada experiência em tecnologia, cultura e mercado financeiro. Como uma DAO, Organização Autônoma Descentralizada (do inglês Decentralized Autonomous Organization), a EVE tem como principal objetivo ampliar a participação feminina em todas as pontas deste novo mercado digital, seja como criadoras e produtoras, seja como consumidoras e investidoras em obras NFT. As ações iniciais desenvolvidas incluem desde a criptografia dos mais variados produtos da economia criativa até a organização de leilões em benefício de artistas mulheres, com atividades de educação financeira e tecnológica e contrapartidas sociais.
Assim como várias revoluções ao longo da história, a Web 3.0 chega com o desafio de representatividade. Somente 4% desse universo são ocupados por mulheres, sendo que, em 2021, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho foi de 51,56%, o que significa 20% inferior à dos homens, que foi de 71,64% (FGV-IBRE, com base em dados PNAD de 2021 / IBGE). Existe uma diferença entre a contribuição efetiva das mulheres para o cenário econômico e seu eventual protagonismo e liderança nos movimentos. No mercado financeiro, o número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores de São Paulo passou a marca de 1 milhão, mas o ritmo do crescimento da participação feminina caiu para 23,2% (B3, março/2022). “Minha ideia é mudar completamente essa estatística feminina no mercado da arte. Quero ajudar as mulheres a ampliarem seus poderes, tanto na valoração, quanto na exposição”, afirma Elektra.
A ideia
A EVE, nome que é uma referência ao início da existência, surge para empoderar mulheres de todas as idades e classes sociais, no Brasil e em qualquer lugar do planeta, compartilhando conhecimento e experiências em torno da vanguarda tecnológica, principalmente a associada a este novo mercado de produção de bens culturais, e fornecendo informações confiáveis e independentes sobre questões financeiras ligadas à criação e à compra e venda de produtos em NFT. Todas as ações da organização, inclusive as de apoio a programas mundiais dedicados ao empoderamento feminino, estão fundamentadas nos conceitos principais da Web 3.0: descentralizar as informações, garantir a mais ampla segurança sem intermediários e com transparência, ampliar o acesso e promover maior atuação e autonomia dos usuários. “Estamos vivenciando transformações poderosas na Internet, migrando da Internet baseada na troca de informações para a Internet baseada na troca do valor”, afirma Cintia Ferreira, uma das fundadoras da EVE.
Pilares do projeto: conhecimento aberto, independência financeira e ações sociais
A atuação da EVE divide-se em três focos principais. O primeiro é o compromisso com a geração e o compartilhamento de conteúdo livre, aberto, fundamentado e de alta qualidade, de modo a contribuir para a formação e a capacitação de mulheres. Sobre isto, a executiva de tecnologia Nina Silva reflete: “A tecnologia deve ser feita por todas e para todas as pessoas, caso contrário, não é funcional e muito menos inovadora”.
O segundo ponto de foco da EVE é promover a independência financeira de todas as mulheres interessadas em atuar neste mercado, aproximando-as de oportunidades reais e estimulando o seu pleno desenvolvimento e atuação sustentável, seja posicionando adequadamente seus produtos no mercado mundial, seja gerando renda e realizando lucros sobre investimentos. Para a empreendedora Roberta Antunes, “falar de empoderamento feminino precisa passar, obrigatoriamente, pelas questões relativas à independência financeira das mulheres”.
Além disso – e principalmente – a EVE está engajada em ações filantrópicas, com total compromisso em dar suporte a projetos locais e mundiais que colaborem com o combate às desigualdades de gênero e apoiem o amplo desenvolvimento das mulheres nos mais variados setores. “A melhor forma de modificar algo é participando da sua transformação. Reclamar de um problema sem fazer nada a respeito não contribui para mudança”, afirma a especialista em investimentos Ana Laura Magalhaes.
As fundadoras
A ideia teve início a partir da identificação da necessidade de ampliação da presença e da atuação feminina em mercados pouco ocupado por mulheres. Com este sentimento comum e fortemente unidas em torno do mesmo propósito, surgiu a EVE, inicialmente formada por dez mulheres com habilidades diversas e complementares:
- Ana Laura Magalhães – Former partner XP Inc., especialista em investimentos, Forbes Under 30, criadora da ONG Humana, autora do livro Invista depois de ler.
- Cintia Ferreira – Empreendedora, engajada nas causas de empoderamento feminino, representatividade e equidade de gênero. Fundadora da EVE e co-fundadora da Belong Be.
- Elektra – Fotógrafa, cantora, compositora e roteirista, Lívia Elektra reúne vários prêmios musicais e turnês ao lado de nomes como Paramore, Charlie Brown Jr. e Skank. Atual vocalista da banda VENVS, foi eleita uma das 100 pessoas da música mais influentes do Brasil no Twitter. Como fotógrafa, integra a plataforma SuperRare e foi considerada pela NFTPhotographers um dos melhores fotógrafos do mundo, sendo atualmente a principal fotógrafa brasileira em destaque na comunidade NFT.
- Kim Farrell – Norte-americana, diretora de Marketing, LATAM e US no TikTok, formada em Estudos Latino-Americanos e Políticas Governamentais em Harvard. Já integrou o marketing do Google, foi Diretora de Marketing para a América Latina do Booking.com e foi eleita uma das 10 melhores CMOs pela Forbes 2022.
- Nina Silva – CEO e co-fundadora do Movimento Black Money e da fintech D´Black Bank, executiva em tecnologia há mais de 20 anos, considerada pela Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil e eleita a Mulher Mais Disruptiva do Mundo pelo Global Women In Tech Awards (2021).
- Núbia Mota – Growth e Marketing para a Adobe na América Latina, embaixadora do grupo Mulheres no E-commerce. Em 2022, foi uma das finalistas do prêmio E-commerce Brasil na categoria Marketing & Vendas.
- Paula Lima – Formada em Direito (Mackenzie) e Publicidade (Faap), a cantora e compositora brasileira Paula Lima é uma das mais respeitadas personalidades de música brasileira, com participação ativa também em televisão e teatro.
- Roberta Antunes – Sócia e Chief of Growth na Hashdex, empreendedora de longa data em tecnologia, co-fundou o site Hotel Urbano em 2011, empresa considerada um dos primeiros unicórnios brasileiros.
- Simone Sancho – Co-fundadora e CEO da Belong Be, já atuou como Diretora de Digital da Sephora do Brasil e do Grupo Uni.co, que reúne empresas como Imaginarium e Puket.
- Samara Costa Spinelli – Empreendedora, designer, publicitária, co-fundadora da Igroup Care e da S-cards, onde atua como Diretora Criativa.
Web 3.0, NFT e Metaverso
A ideia que está na base da tecnologia NFT é a atribuição de valor a uma identidade digital de ativos culturais e artísticos e a sua certificação como algo incontestavelmente original e exclusivo. Essa identidade digital única, que nenhuma outra pessoa tem, é o NFT (sigla para non-fungible token ou token não fungível), cuja autenticidade é garantida pela tecnologia de máxima segurança blockchain. Qualquer produto cultural pode ter um NFT, como obras de arte, composições, manuscritos, games, fotografias, filmes, projetos e ideias de design e muitos outros. Os NFTs serão necessários para compor o chamado Metaverso, ambiente virtual coletivo, de imersão em uma hiper-realidade composta por avatares e ambientes gerados pela experiência tridimensional da realidade aumentada. A expectativa é que transações financeiras, compras e ações de relacionamento feitas hoje por meio de aplicativos e sites tenham, muito em breve, o Metaverso como ambiente principal.