A Associação Pizzarias Unidas do Brasil, maior grupo de empresários de setor de pizzarias no país e única entidade focada no dia a dia das pizzarias, realizou entre março e início de junho pesquisas entre associados e não associados, com o objetivo de levantar dados do setor em meio a pandemia. A pesquisa abordou questões como número de lojas, mensal de vendas antes e durante a pandemia, alterações no quadro de funcionários e sabor mais vendido.
Segundo estimativas da Associação Pizzarias Unidas do Brasil, existem atualmente pouco mais de 40 mil pizzarias, formais e informais, no país. Com a pandemia, a palavra da vez foi adaptação. O setor, que já vem nos últimos anos em crescente expansão para o delivery, assim como tantos outros da área de foodservice teve que se adaptar, mas visivelmente foi um dos menos afetados. “ Todas as exigências de higiene, cuidados com embalagem e até mesmo estrutura para delivery já são itens presentes no dia a dia de uma pizzaria responsável e que preze pela qualidade. A Associação Pizzarias Unidas do Brasil se viu na obrigação e não mediu esforços para auxiliar não apenas nossos associados, como o setor em um todo. Foram várias medidas tomadas, desde negociação de melhores condições para compra de produtos com parceiros com foco em nossos associados até a criação de um canal no Youtube, onde semanalmente transmitimos lives sempre com especialistas em algum assunto relacionado à gestão ou dia a dia de pizzarias, com o objetivo de sanar dúvidas do setor em um todo. Realizar a pesquisa fez parte dessas iniciativas de traçar um novo olhar ao nosso segmento em meio ao atual cenário” explica Gustavo Cardamoni, Presidente da Associação Pizzarias Unidas do Brasil.
Resultados – Já antecipando o Dia da Pizza, comemorado em 10 de julho, a pesquisa visou levantar como anda o paladar do brasileiro. Pelo segundo ano consecutivo, a pizza de Calabresa continua sendo a principal paixão por aqui, seguidos pelo sabores Portuguesa em segundo lugar e Frango com Catupiry em terceiro, na média nacional. A pizza Margherita caiu para o quarto lugar.
Sobre o cenário em meio à pandemia, a primeira pesquisa, realizada na primeira semana de abril, mostrou que a predominância no setor foi a suspensão de contratos de trabalho, apontado em mais de 44% dos empresários entrevistados. A gama de demissões ficou próxima de 23%.
Salão vs delivery – A pesquisa realizada no início de abril apontou que para pizzarias que já operavam exclusivamente por delivery antes do início da pandemia, o setor registrou queda de vendas nos primeiros 15 dias da quarentena, recuperando margem a partir de abril. O faturamento a partir de abril aumentou entre 10% e 30%, porcentagem que teve variações entre regiões. Pizzarias da capital paulista que operam exclusivamente com delivery registraram uma média de 12,8% de aumento no faturamento . O grande impacto negativo se mostrou nas pizzarias que antes da pandemia adotavam o modelo de operação apenas em salão. O levantamento apontou que pelo menos 26% dos estabelecimentos entrevistados possuem apenas estrutura de salão, iniciando o atendimento por delivery apenas no segundo mês de quarentena.Dos entrevistados,aproximadamente 10% eram estabelecimentos com atendimento exclusivamente em salão e fechados durante o período.
Crescimento na demanda de aplicativo próprio – A possibilidade de uso de aplicativo de delivery próprio já é um tema tratado pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil há um certo tempo. Com a pandemia, a APUBRA ampliou o incentivo à criação de aplicativos próprios de cada estabelecimento. “ O aplicativo próprio é uma evolução que permite ao cliente o acesso rápido ao cardápio da pizzaria e também uma forma de o empresário fidelizá-lo. Além disso, é uma forma de aumentar o lucro e também trabalhar a divulgação de estabelecimento” aponta Cardamoni.
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