Diminuir a carência profissional do mercado de tecnologia é a missão da Desk Manager, empresa brasileira que oferece um software de help desk, no projeto desenvolvido em parceria com o Instituto Empreeduca — que faz parte do 1MiO, iniciativa liderada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) — para promover oportunidades de formação e trabalho à juventude brasileira. O programa é voltado para jovens de baixa renda, de 15 a 25 anos, nas periferias e favelas brasileiras, oferecendo emprego e qualificação profissional ao mesmo tempo.
A Desk Manager é uma das principais mantenedoras do Instituto Empreeduca, que conta com outras 16 empresas brasileiras que oferecem apoio financeiro e vagas exclusivas para os jovens atendidos. Para o CEO da Desk Manager, Célio Fabiano, a ideia é investir cada vez mais na qualificação dos futuros profissionais: “Nossa meta é trazer ainda mais jovens de famílias de baixa renda para o mercado de tecnologia, aprimorando o atendimento no Brasil e potencializando a transformação social no país”.
Investimento de R$ 100 mil
O investimento em educação faz parte da política ESG da Desk Manager, para investir na adoção de critérios ambientais, sociais e de governança para auxiliar a retomada da economia no Brasil. Até o fim do ano, a empresa terá investido R$ 100 mil no projeto, com meta para qualificar mais de cem jovens para os seus próprios clientes. “Com o programa de capacitação, é possível preencher espaços vagos no mercado de trabalho e fazer a diferença na vida de diversos jovens”, explica Célio Fabiano.
O Instituto Empreeduca é responsável pela captação dos jovens, em parceria com ONGs que atuam diretamente nas comunidades brasileiras, para conectá-los às empresas parceiras. Após uma seleção baseada no perfil comportamental, os futuros profissionais recebem cursos de formação e mentoria para o mercado de tecnologia. Em 2022, a Desk Manager foi uma das empresas-parceiras do projeto que mais abriram portas para jovens no mercado de trabalho, recebendo, o prêmio Pontes para o Futuro.
A formação é dividida em duas etapas: a primeira com ensinamentos básicos (planilhas de Excel, textos em Word, treino de escrita específica para e-mails e aplicativo de mensagens como WhatsApp) nas áreas de atendimento ao cliente, suporte técnico ou apoio administrativo, com duração de 80 horas; e a segunda com capacitação em programação, que dura, em média, 300 horas.
Além disso, são apresentados aos alunos cursos de português, matemática, LinkedIn, RPG, liderança, conflito e resolução de problemas, simulação de atendimento.
Facilidade para cursar faculdade
Os conteúdos são apresentados por profissionais que já atuam no mercado de trabalho. Boa parte deles são colaboradores da Desk Manager. Após a conclusão do projeto, os participantes poderão ingressar em um curso de graduação na área de tecnologia na faculdade Impacta Tecnologia, começando a pagar pelas mensalidades seis meses depois do início das aulas.
As iniciativas do projeto visam a aumentar a empregabilidade dos alunos do projeto e combater o aumento do desemprego, agravado pela pandemia de coronavírus. “Além de dar oportunidade aos talentos das periferias brasileiras, ajudamos a reduzir o problema de falta de profissionais de tecnologia no mercado. Nosso objetivo é formar pessoas para que, no futuro, se desenvolvam nas suas escolhas profissionais e cheguem a posições de tomada de decisões, abrindo oportunidade para outros jovens brasileiros”, afirma Polyana Giardino, presidente do Instituto Empreeduca.
Desde 2020, o instituto já formou 230 jovens como Thailly Santana, que conseguiu se inserir no mercado de trabalho graças aos cursos do projeto: “Foram muitas entrevistas sem sucesso, muitos processos seletivos também sem sucesso, e hoje a emoção toma conta de mim. A felicidade é tão grande que não cabe no peito. Agradeço ao Instituto Empreeduca, por onde eu tive acesso a vaga. É o início de um propósito e a realização de um sonho”.
Para participar, basta se inscrever numa das vagas de emprego disponíveis no link https://empreeduca.org.br/vagas, ter ou estar cursando o ensino médio em escolas públicas e possuir renda familiar per capita de até um salário mínimo.
