Historicamente,
o mercado norte-americano serve como referência para o
mercado brasileiro. A Amazon, por exemplo, é a principal varejista
on-line dos EUA e, desde janeiro, investe na diversificação de
categorias e busca crescer por aqui no mercado brasileiro. Tecnologias
em que os norte-americanos foram um dos pioneiros, como m-commerce,
voice commerce, entregas por drone, começaram a desembarcar por aqui e
crescer dentro do comércio eletrônico brasileiro.
A Adobe Digital Insights (ADI) usou Adobe
Analytics
para analisar trilhões de visitas a sites de varejistas nos EUA e 55
milhões
de produtos únicos para identificar tendências de compras online de fim
de ano. Além disso, um outro estudo com mais de mil consumidores
americanos revela as expectativas dos consumidores. Inclusive, a Black Friday de 2018 no Brasil cresceu mais do que a data nos EUA. Segundo estudo da própria Adobe, o faturamento da Black Friday por lá foi de 23%, na comparação com
o ano anterior, enquanto no Brasil, o crescimento da data foi de 24% (Ebit), mostrando que estamos
no caminho certo.
Confira os principais insights do estudo quanto a
tecnologias e tendências que vão (ou já estão) desembarcando por aqui:
• O comércio digital vai atingir novos
recordes
Não é surpresa que muitos consumidores
vão fazer compras online neste período. A
ADI prevê que US$ 143.7 bilhões serão gastos no fim de ano. Isso
significa que US$1 em cada US$5 gasto de novembro até dezembro será
online. Isso representa um crescimento ano a ano (YoY, em inglês) de
14,1%, uma leve desaceleração do
crescimento YoY de 16,5% em 2018.
Outro destaque é que o e-commerce ainda tem um
crescimento mais rápido que o varejo tradicional (14,1% vs 4%). A ADI
também prevê que esse vai ser o primeiro ano em que as vendas online vão ultrapassar US$ 1 bilhão todos os dias em novembro e dezembro.
• Gastos maiores serão feitos pelo
smartphone
Faz tempo que os varejistas reclamam do gap entre
tráfego e receita mobile. As pessoas navegam em seus celulares, mas costumam fazer compra via desktop. Isso vai mudar, já que quase 36% das vendas de e-commerce no fim de
ano serão feitas por smartphone (um aumento de 20% em share de
YoY). Os smartphones também serão responsáveis por 57% das visitas em sites de varejo, representando um
crescimento YoY de 11%.
A ADI prevê que smartphones serão responsáveis
por 47% do crescimento geral das vendas do período, com americanos
gastando US$ 14 bilhões a mais via smartphones em relação ao ano
passado. Como parte desse crescimento, o Natal vai ser a primeira vez na história em que os consumidores vão comprar mais por dispositivos mobile que por seus desktops,
de acordo com a previsão da ADI.
Os varejistas precisam se otimizar para mobile,
assim como aproveitar as informações contextuais que os clientes compartilham
quando estão navegando a partir de seus dispositivos. Coisas como
localização e até mesmo
compreender os tipos de produtos que os consumidores são mais propensos a
comprar via mobile pode ser um guia para os tipos de promoções
e ofertas que os consumidores querem,
ajudando a transformar o consumidor em comprador.
• O melhor dia para vender vai depender de cada
tipo de produto
Para consumidores que querem comprar eletrônicos,
dezembro é o melhor mês para conseguir descontos, com média de 27% off.
Durante a Black Friday, alguns dos melhores descontos estão em
artigos esportivos e eletrodomésticos. Para televisores, especificamente, a cyber monday
é mais
vantajosa. Esses são apenas alguns dos exemplos das possibilidades que
as novas ferramentas de inteligência analítica entregam para
equipes de marketing se planejarem para o fim de ano.
• Comércio Unificado será uma boa ferramenta
para conversão
Os consumidores estão cada vez mais adeptos à
experiência multicanal para compras, intensificado pelo conceito de Unified Commerce (Comércio Unificado, em inglês). Isso significa
que a opção de comprar online e fazer a retirada do produto na loja física pode aumentar as vendas, com crescimento esperado de 39% nos pedidos, se comparado ao ano passado.
Isso se dará também pela intenção de um em cada três consumidores em comprar desta forma. Por conta da grande movimentação no
comércio físico do Natal, os
consumidores apresentaram 19% mais chance de usar esse método de Clique & Retire na semana que antecede o feriado.
Clique & Retire é uma boa maneira de levar as
pessoas às lojas, o que representa uma boa oportunidade para os varejistas pensarem
em maneiras interessantes e personalizadas de gerar vendas adicionais
para aumentar o
carrinho de compras. Se você tem esses dados de forma integrada e sabe
que alguém vai retirar uma capinha de iPhone, já pode oferecer uma
promoção de carregador ou outro
acessório, de acordo com o histórico de compras daquele consumidor.
Paralelamente, a ADI descobriu que os consumidores esperam gastar mais
quando vão à loja retirar seus produtos. Na verdade, 82% dos que
realizam Clique & Retire disseram que eles provavelmente vão comprar itens adicionais ao retirar seus pedidos online.
• Gigantes do e-commerce continuarão a ter
vantagem sobre PMEs
Os maiores players do comércio eletrônico verão
um aumento de receita de aproximadamente 65% no período do feriado de novembro e dezembro, enquanto varejistas menores terão apenas um crescimento de 35% na receita online. O
motivo: gigantes do e-commerce têm os recursos para pagar por grande publicidade, enquanto PMEs dependem mais de maneiras orgânicas de aumentar o tráfego, como
redes sociais e pesquisas. Isso explica porque os grandes players têm
32%
mais chance de converter um visitante neste feriado, em comparação com
23% de varejistas menores. Gigantes do e-commerce também tem um
share de tráfego de email 19% maior.
De acordo
com a pesquisa, as três principais razões para os consumidores
comprarem
com um varejista melhor são a qualidade dos produtos que eles vendem
(53%), oferta de produtos únicos (48%) e a experiência (46%). Chamar
atenção para esses pontos por meio da estratégia de mídia será a chave para PMEs nesse feriado.
• A maior parte dos gastos em e-commerce virá
de mercados de alta renda
Mercados de alta renda vão impulsionar 40% mais
visitas, em relação a sua população, para sites de comércio eletrônico nesta temporada. O crescimento de gasto online também tem mais chance de vir desses mercados. Mas
mercados de renda mais baixa ainda representam uma boa oportunidade, especialmente durante a Cyber Week, que é impulsionada por
promoções. É quando o ticket médio dos mercados de baixa renda tem previsão de ficar acima dos mercados de alta renda.
De acordo com a ADI, mais de 75% dos gastos em
e-commerce no fim de ano têm sido, tradicionalmente, em itens pessoais. Nos mercados de baixa renda, os gastos do feriado são
mais com mídia e entretenimento,
enquanto mercados de alta renda favorecem itens de vestuário e acessórios.
Todo mundo se beneficia das ofertas de fim de
semana do feriado, independentemente da renda. Em termos gerais, varejistas que personalizam ofertas e promoções baseadas nas
preferências individuais de cada consumidor; dados demográficos, como renda; e mais, são os que vão se beneficiar mais dessa temporada. Há uma competitividade enorme para a
data e isso dificulta a escolha por parte dos consumidores em onde comprar. E a personalização pode te ajudar a se destacar.
O estudo completo
pode ser acessado clicando neste link .