Por Edmar Mothé, CEO e fundador da Rede Bio Mundo.
É incontestável como a pandemia da Covid-19 mudou o olhar da sociedade para a higiene e saúde, ampliando o debate sobre a importância das mudanças de hábitos para que se tenha maior qualidade de vida. Em função disso, as pessoas vêm optando por uma alimentação mais saudável, que contribui com o organismo e na prevenção de doenças.
Vale lembrar que o crescimento da demanda não é resultado apenas da pandemia, a alimentação saudável é uma tendência que vem ganhando força e o mercado se movimenta de forma positiva há um bom tempo. Em pesquisa realizada pela agência Euromonitor, no país, o setor teve um crescimento de 98% entre 2009 e 2014.
Felizmente, essa mudança de hábito da sociedade e a preocupação com a saúde, são excelentes oportunidades para negócios que oferecem alimentos naturais, não processados ou que foram minimamente manipulados. E com o alto nível de exigência e busca por esses tipos de alimentos, abre-se espaço para empresas do setor também repensarem seus posicionamentos e incluírem novos produtos no portfólio.
Outra tendência que também é importante acompanhar, é o crescimento da busca por saúde e bem-estar aliada às pautas animais e ambientais, como o vegetarianismo e veganismo, que deram bastante força ao mercado de alimentos saudáveis e naturais, se mantendo lucrativo mesmo em um cenário de crise, como foi em 2020. Ainda segundo a Euromonitor, durante um dos piores momentos da pandemia da Covid-19, o setor alimentício nacional chegou a atingir R$100 bilhões.
Por fim, conclui-se que as mudanças de hábitos dos brasileiros impulsionaram o mercado de alimentação saudável de forma positiva. Hoje, há inúmeras opções de alimentos mais saudáveis disponíveis e esta é uma condição que as empresas do setor alimentício precisam seguir para continuarem fortes no mercado. Mesmo as grandes redes de fastfood sentem a necessidade em atender esse público, ofertando sucos, frutas, lanches com carnes magras, ou opções veganas e vegetarianas, bem como as mais variadas redes de supermercados, que seguem apostando em selos de produtos orgânicos.