Com o objetivo de construir um Brasil mais saudável e incentivar a população a participar do debate público acerca da Reforma Tributária, que está em trâmite no Senado federal, a organização não governamental ACT Promoção da Saúde estreia a segunda fase da campanha Doce Veneno. Na primeira fase, mais de 100 mil pessoas já assinaram a petição online que condena os benefícios fiscais para os alimentos ultraprocessados.
Com criação da agência Repense, a segunda fase da campanha convoca: “Ou você age agora, ou vai ser a farra dos ultraprocessados” e terá veiculação em mídias digitais, filme em canais abertos e por assinatura, anúncios em rádio, jornal impresso e painéis eletrônicos. Assista um dos filmes da campanha aqui: Link
Noventa e quatro por cento da população apoiam a cobrança de
impostos mais altos para produtos nocivos, como ultraprocessados, tabaco, álcool e agrotóxicos, segundo levantamento do DataFolha. Mesmo assim, há o risco da reforma tributária conceder incentivos fiscais aos ultraprocessados, fórmulas ricas em açúcar, sal e gordura e pobre em nutrientes, se a maioria dos brasileiros não se manifestar ou se mobilizar para que sua vontade seja ouvida.
“A publicidade tem força para mobilizar a sociedade civil em torno de causas e assim contribuir para todo o processo democrático. A partir de uma estratégia diversificada de comunicação, desenvolvemos para o nosso cliente uma campanha que alcança os brasileiros em todos os pontos de contato, com o objetivo de reunir o maior número de assinaturas numa petição on line que será enviada ao Senado, onde o projeto de reforma tributária vem sendo discutido.”, comenta Otávio Dias, CEO da Repense.
A ação não só condena os benefícios fiscais que podem vir a ser assegurados, mas defende a sobretaxação dos ultraprocessados. O aumento da carga tributária sobre esses artigos vem se mostrando medida eficaz para desestimular o consumo em dezenas de países.
A iniciativa da ACT Promoção da Saúde conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial. Além de tornar mais difícil o acesso a esses produtos, a campanha propõe que o projeto de reforma tributária promova a alimentação saudável. Sugerindo, portanto, medidas como o estabelecimento de uma cesta básica composta apenas por produtos in natura e livre de ultraprocessados.
“Só no Brasil, os ultraprocessados causam, por ano, 57 mil mortes. Essa mobilização reflete a nossa busca pela construção de uma sociedade mais saudável e justa. Não faz sentido que produtos tão nocivos recebam incentivos. Os senadores têm nas mãos a possibilidade de salvar vidas. E a população deve fazer a sua parte assinando a petição contra a farra dos ultraprocessados”, convoca Paula Johns, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde.