Nos últimos meses, um tema vem ganhando um enorme destaque nos portais de tecnologia e grupos de discussão com profissionais da área: o ChatGPT, modelo de inteligência artificial (I.A.) lançado pela empresa americana OpenAI, responde perguntas com linguagem de texto como se fosse um humano. Apesar da novidade viralizar mundo afora agora, desde o ano passado a empresa brasileira já testava esse mesmo modelo de A.I. em sua campanha de fim de ano. Take Blip, líder em soluções inteligentes de comunicação entre marcas e consumidores em aplicativos conversacionais, teve mais de 15 mil pessoas interagindo com o bot da ação “Mensagem Sem Igual”, em menos de 15 dias.
A campanha convidava os usuários a criar mensagens personalizadas de fim de ano, por meio de inteligência artificial. Ao interagir com o chatbot, a pessoa respondia algumas perguntas e automaticamente uma mensagem era criada com total relação entre quem escreveu, com a pessoa que iria receber e ser surpreendida. Cada usuário podia enviar gratuitamente quantas mensagens desejar, e, caso não gostasse do recado criado, poderia solicitar a criação de uma nova variação com os mesmos elementos. Mais de 18 mil mensagens foram criadas, com uma média de 4 mensagens por usuário. O contato inteligente segue o cumprimento das legislações aplicáveis, a exemplo da LGPD. Ao iniciar a conversa, o usuário tem acesso ao Termo de Uso, um documento com linguagem simples que contém todas as informações do tratamento dos dados feitos por Take Blip.
“Para criar a campanha nesse formato, utilizamos a API GPT-3, que em português significa ‘Transformador generativo pré-treinado 3’ – um modelo de linguagem criado para produzir texto semelhante ao humano. A ferramenta ChatGPT é uma customização da GPT-3, uma tecnologia mais ampla, e, em minha opinião, que ainda está em aprimoramento”, diz Milton Stiilpen, Diretor de Pesquisa & Inovação em Take Blip.
Segundo o especialista, em 2017, a deep learning já fazia algo parecido, com alguns primeiros modelos que simulavam a escrita de uma pessoa. “A inteligência artificial tem sido cada vez mais capaz de analisar o contexto e a tendência é que novos modelos surjam no decorrer de 2023. Vale ressaltar que a I.A. não tem a mesma capacidade de raciocínio e de responder com a acurácia de um ser humano”, completa Stiilpen.
“A ciência por trás da GPT-3 é surpreendente mesmo para os cientistas da área. As suas capacidades às vezes são grandiosas. Quando se trata de uso comercial em produtos, as possibilidades são muito diversas e as ideias estão se proliferando rapidamente. O que antes era considerado algo para o futuro, agora é uma possibilidade. O contato inteligente “Mensagem sem Igual” foi só uma das inúmeras possibilidades de aplicação dos modelos GPT-3, e os feedbacks foram bastante positivos”, diz William Colen, Head de Inteligência Artificial em Take Blip.
Para os próximos meses, Take Blip já tem em seu roadmap novos projetos com I.A. e GPT-3, inclusive, com clientes utilizando em beta novas funcionalidades. O mercado de tecnologia pode esperar novidades em breve.