Mais um ano, o Boticário emociona com a campanha de Dia das Mães ao trazer os dilemas que surgem entre mães e adolescentes. De forma geral, recentemente a publicidade tem se empenhado para se conectar com a realidade do público, deixando para trás estereótipos como a tradicional “família margarina”, que não representa boa parte dos lares brasileiros. E por que a virada de chave? A mudança tem relação com a possibilidade de hipersegmentar a comunicação, aponta o publicitário Leopoldo Jereissati, sócio fundador da agência All Set:
“Antes os meios principais eram os veículos de massa, que demandavam campanhas com mensagens mais amplas. Já o digital permite comunicar em um nível individualizado, diretamente com o nicho, o que pode ou não agradar à massa. E tudo bem, porque as marcas querem se conectar com o público de uma forma que faça sentido.”
A comunicação agora está muito mais direta. Por exemplo, se antes criar um filho era romantizado na publicidade, agora, com a personalização do digital, é possível explorar os desafios que mães de adolescentes enfrentam. “Narrativas autênticas fortalecem a conexão das marcas com o consumidor”, resume Jereissati.