A Black Friday deve movimentar R$ 9,3 bilhões no Brasil, segundo levantamento da Confi.Neotrust. De acordo com a pesquisa, a expectativa é de que o faturamento do varejo cresça 9,1% em relação a 2023, reforçando a importância da data para o comércio. Com o crescimento projetado para este ano, é essencial que as empresas estejam preparadas para oferecer, além de preços competitivos, um atendimento de qualidade, logística eficiente e estratégias que garantam a fidelização do cliente após a data.
Para ajudar nesse desafio, especialistas de seis empresas compartilham estratégias que prometem gerar resultados expressivos, desde o uso de cupons até simplificação da jornada de compras, entre outras.
Confira!
Uso de cupons e cashbacks
O uso de cupons e cashback na Black Friday tem se mostrado uma ferramenta poderosa dentro das estratégias de marketing de performance. “Ao associar essas ofertas com campanhas altamente segmentadas e baseadas em dados, as empresas conseguem direcionar os cupons para públicos específicos, aumentando a taxa de conversão e otimizando o retorno sobre o investimento (ROI). Já o cashback, além de estimular novas compras, gera dados valiosos sobre o comportamento do consumidor, permitindo ajustes em tempo real nas campanhas e garantindo que cada real investido em marketing esteja atrelado a resultados concretos. Estas estratégias não apenas atraem clientes, mas também permitem que as empresas direcionem melhor suas ofertas de maneira mais eficaz”, afirma Salomão Araújo, VP Comercial da Rakuten Advertising, rede global líder de marketing de performance.
Fidelização e experiência de compra personalizada
Durante a Black Friday, as empresas podem utilizar os programas de fidelidade para recompensar parceiros, clientes e colaboradores com vantagens exclusivas e descontos personalizados. Ao investir em programas de fidelidade eficazes, as companhias podem se diferenciar da concorrência e construir uma base sólida de clientes leais e satisfeitos. “Durante esse período, oferecer recompensas estimula os clientes a permanecerem engajados e a continuar realizando negócios com a marca, o que fortalece a fidelização e aumenta o valor vitalício da parceria. Isso não apenas recompensa a fidelidade existente, mas também incentiva o relacionamento contínuo e a longo prazo. Além disso, por meio da análise de dados dos programas de fidelidade, as instituições podem personalizar ofertas e recomendações com base nas preferências individuais do cliente, tornando a experiência de compra mais relevante e personalizada”, destaca Nara Iachan, CMO e cofundadora da Loyalme.
Simplificar a jornada de compra
Em um momento tão competitivo como a Black Friday, é essencial mapear a jornada completa do cliente e otimizar cada etapa dessa experiência. “Sempre começo analisando onde estão os pontos de frustração na jornada de compra. Por exemplo, se o cliente encontra dificuldade em realizar um pagamento, em encontrar informações no site, ou mesmo no suporte, sua estratégia não é tão ágil quanto deveria, e é a hora de oferecer soluções rápidas e proativas para evitar a perda de oportunidades. Manter o fluxo simples é outro fator crucial. Já viu aqueles processos longos e cheios de etapas desnecessárias? Eles são a receita perfeita para desistências, e o segredo é facilitar ao máximo, deixando tudo intuitivo e direto. Quanto menos barreiras, maior a chance do consumidor concluir a compra”, compartilha André Cruz, CEO da Digital Manager Guru, plataforma completa de checkout e gestão de vendas online.
Planejamento e análise como chave para a eficiência
“Para maximizar as entregas na Black Friday, é essencial começar antes, ajustando processos, sistemas e dados. O ‘esquenta’ é uma oportunidade para engajar clientes e testar promoções. Criar experiências para o consumidor é fundamental, e realizar testes gradualmente ajuda a atender a demanda planejada. Ofertas exclusivas podem funcionar como um laboratório para identificar as melhores estratégias. Comunicações especiais, como e-mails e contagens regressivas, geram entusiasmo. Ao final da data, analisar o feedback dos clientes é crucial para a evolução da marca”, complementa Lucas Castellani, CEO da Cartpanda.
Redes Sociais como estratégia
As redes sociais são hoje o principal canal de divulgação de promoções para 55% dos lojistas, conforme pesquisa da Cielo, e desempenham um papel fundamental na construção de um público engajado e qualificado para a Black Friday. Metade dos lojistas já coleta informações dos clientes, e 69% utilizam esses dados para ações futuras de vendas, segundo o levantamento. Por isso, é importante criar uma base de leads com antecedência, utilizando um opt-in bem estruturado para captar clientes interessados e oferecer a eles “spoilers” e testes de produtos, maximizando a aderência às ofertas. “Essa estratégia de combinar mix de produto, canais de divulgação e comunicação, além de antecipar a ação com clientes engajados e leads preparados, é sempre muito assertiva para o momento decisivo do início da Black Friday,” afirma Carlos Alves, Vice-Presidente Executivo de Tecnologia e Negócios na Cielo.
IA para entender o comportamento do consumidor no e-commerce
A tecnologia é uma aliada dos vendedores online e as análises de consumo e tendências baseadas em Inteligência Artificial auxiliam os vendedores online a melhorarem a performance de seus anúncios na Black Friday. “As tecnologias e, principalmente, a inteligência artificial colaboram muito para identificar insights de consumo, principais categorias de interesse dos brasileiros, detectando oportunidades de demanda para alinhar a oferta ao que busca o mercado, sempre entendendo também a dinâmica da competitividade dentro da categoria que o sellers escolhe atuar. Esse conhecimento colabora para que os vendedores possam preparar o mix de produtos, estratégias, construção de anúncios e façam um benchmarking. Essas práticas são essenciais para maximizar os resultados no período nos marketplaces”, detalha Juliana Vital, Global Chief Revenue Officer da Nubimetrics, plataforma líder em fornecer dados inteligentes para vendedores online.