Por Andrea Miranda, cofundadora e CEO da STANDOUT
Este ano de 2022 terá um final de ano atípico. Assim como em todos os outros anos pares da era democrática, teremos eleição, que neste ciclo será presidencial e se concluirá em 30 de outubro. Resolvido isto, teremos uma Copa do Mundo excepcionalmente quente (climaticamente falando, futebolisticamente não sei) e que se dará depois da eleição, entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro (para que todos possam gritar em família e não com a família), e no meio de todos esses eventos históricos surge no dia 25 de novembro, a nossa querida Black Friday!
Como de costume, teremos as equipes de TI dos e-commerces em freeze desde as eleições, provisionando suas máquinas para aguentar a alta demanda de acessos, que é provocada pelas campanhas de marketing que ocorrerão na primeira semana da Copa, divulgando as rebaixas de preço dos produtos, principalmente daqueles produtos “carros chefe”.
Mas será que essas ações serão o suficiente para garantir o incremento nas vendas? Será que vão garantir esse aumento de forma equânime em todos os e-commerces? Possivelmente não.
Existem diversas outras ações que podem ser feitas em outros pontos da jornada, que podem ampliar a vantagem competitiva dos varejos e marcas que estiverem mais atentos.
A começar pelo timing: agora. Importante trabalhar ações que impactem seu shopper antecipadamente, que podem tomar todo o espectro desde QRcodes na mídia offline até ações de branding online. Os produtos e os e-commerces precisam ser sinônimo de confiabilidade na mente do possível consumidor.
E é preciso ir além do arroz com feijão bem feito. Ou seja, não bastam as hero images e imagens secundárias bem feitas, com descrições coerentes e relevantes e tabelas nutricionais completas.
Também é necessário trazer para a página do produto os recursos de vitrine de conteúdo enriquecido e mini vitrines de acesso rápido. Complementar com landing pages nos resultados das páginas de busca. Incrementar os resultados da busca com mais mini vitrines de destaque. Mapear o preço nos diversos varejos, acompanhar as rupturas de estoque para tomada de ações de contenção de danos.
E depois de tudo isso, trabalhar para re-impactar o shopper que eventualmente não tenha concluído a aquisição do seu produto, nos diversos pontos de contato com ele e nas mais variadas mídias.
*Andrea Miranda é Cientista de Computação, com mais de 30 anos de experiência em TI aplicada ao marketing digital e publicidade. Além disso, é cofundadora e CEO da STANDOUT, martech referência em trade marketing digital e auxilia marcas e indústrias a falarem diretamente com os seus públicos no último ponto de contato digital, que é a página de produtos dos e-commerces.