Um tipo de pesquisa, que devido à caracterização da amostra denomina-se sondagem, é o trabalho conduzido trimestralmente pela ADVB-SP, com apoio técnico da FIPE. Busca acompanhar a opinião de ocupantes de cargos de vendas e marketing, no que tange à evolução recente da economia brasileira, e perspectivas futuras, junto a setores em que atuam e das empresas em que trabalham.
A sondagem inclui um levantamento das expectativas de dirigentes e ocupantes de cargos das áreas citadas quanto ao desempenho das vendas e da verba à disposição para ações de marketing no futuro próximo.
Amostra abrange profissionais ativos nas áreas de vendas e marketing, dirigentes e ocupantes de cargos de relevo em suas empresas e instituições. A 12ª rodada da sondagem, referente ao 4º trimestre de 2020, coletou 344 respostas entre dezembro e janeiro passados.
“A despeito das dificuldades ainda explícitas da economia brasileira, a Sondagem de Confiança e Expectativa dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil ADVB/FIPE, revela avanços na taxa de otimismo. Quando comparada com a economia brasileira, todos os respondentes avaliam com maior confiança e expectativa o desempenho de suas empresas e respectivos setores. Ou seja: os entrevistados acreditam mais nos concorrentes e em suas próprias empresas do que na economia brasileira”, analisa o presidente da ADVB-SP, Aristides Cury.
O dirigente lembra que a maior parte dos respondentes projeta crescimento tanto no valor das vendas quanto na verba disponível para ações de marketing no decorrer dos próximos 12 meses. “A esperança decorrente da vacinação no país, vem fortalecer a confiança e a expectativa de que a retomada e o deslanche já são visíveis no horizonte. Isso deverá ser confirmado nos resultados do primeiro trimestre de 2021”, acrescenta Cury.
Nuvens de palavras
Imagens em alta resolução, no modelo “nuvem de palavras”, consideram a frequência em que as palavras aparecem no histórico completo da sondagem, iniciada em 2018; na sondagem do quarto trimestre de 2019 e no quarto trimestre de 2020, retratam diferentes “sentimentos”, presentes no discurso dos respondentes.
Fica evidente a popularidade do termo “vacina” na última pesquisa, destacada entre os até 140 caracteres disponíveis para o registro de respostas abertas ao seguinte enunciado: Defina, em poucas palavras, o seu sentimento sobre a evolução dos negócios ou das condições de mercado no longo prazo.
Excluídos artigos, preposições e verbos cuja frequência não fornecem valor analítico à composição da nuvem, salva algumas exceções de valor diminuto, quanto maior o tamanho da fonte da palavra, maior é a frequência de menção do termo em relação às demais palavras no corpo de texto.
Ainda que sem representatividade estatística, que caracteriza o viés técnico e rigor metodológico da FIPE, a tabulação sugere o que pensar. “Não resta dúvida que a vacina ganha relevância a partir do quarto trimestre de 2020, no contexto da pandemia, ampliando a frequência de palavras de otimismo e melhora das expectativas em meio a palavras como mercado, economia, acredito e oportunidades”, conclui presidente da ADVB-SP.

Perfil da amostra
Em termos de perfil, 78% dos respondentes são do gênero masculino e 66,4% apresentam 45 anos ou mais.
Geograficamente, predominam respondentes de empresas sediadas em São Paulo (34,8%); no Paraná (24,3%); Santa Catarina (19,5%); Pernambuco (6,4%); Minas Gerais (3,7%); Rio Grande do Sul (3,4%); Distrito Federal (3%); Rio de Janeiro (2,2%); entre outras unidades federativas.
Em relação à posição ocupada, a maior parte dos respondentes ocupa cargos de presidência, direção de vendas, gerência comercial, planejamento estratégico, gerência de marketing superintendência de marketing – entre outras posições de destaque e liderança. Setorialmente, predominam empresas que atuam no comércio e serviços (85,8%) e indústria (13,1%).
Quanto ao porte das empresas, pouco mais de 1/3 dos respondentes (36%) integravam empresas que foram classificadas como de menor porte (até 9 funcionários). Já 34,1% faziam parte de empresas e organizações com entre 10 e 99 funcionários. Por fim, 28,1% compunham empresas com 100 ou mais funcionários.
Em relação aos principais segmentos econômicos de atuação das empresas, destacaram-se: publicidade e pesquisa de mercado (11,6%); serviços de tecnologia da informação (8,2%); rádio e televisão (5,2%), telecomunicações (4,9%); educação (4,5%); comércio varejista (4,1%); e sedes de empresas de consultoria em gestão empresarial (4,1%).
Objetivos da Sondagem
Em síntese, busca avaliar a opinião de ocupantes de cargos de vendas e marketing e áreas estratégicas sobre a situação atual e a expectativa de evolução da economia brasileira. E, também, avaliar a expectativa dos agentes em relação ao comportamento futuro do valor das vendas e da verba disponível para marketing.
Confiança e expectativa
Na comparação com trimestres anteriores, a sondagem mostrou convergência, com avanços positivos tanto no campo da confiança quanto nas expectativas. A avaliação da percepção dos respondentes sobre a evolução recente destaca ligeira melhora nos negócios das empresas e certa amenização do quadro negativo da economia brasileira.
Já no campo das expectativas, os respondentes ampliaram o otimismo em todas as dimensões analisadas, especialmente com relação ao futuro de seus negócios e empresas. A maior parte projeta crescimento tanto no valor das vendas quanto na verba disponível para ações de marketing, ao longo do ano.
Quanto ao desempenho esperado do valor das vendas nos próximos 12 meses, 80,1% se declararam otimistas e 11,8% pessimistas. Uma parcela diminuta 8% disse apostar na manutenção dos patamares atuais. Quanto à expectativa média em relação à verba de marketing, 49,2% disseram acreditar no aumento; 28% na estabilidade e 19,9% na queda. Preocupação com economia brasileira permanece.
Confiança
As condições da economia brasileira pioraram ou pioraram muito para 58,5% dos respondentes, não se alteraram para 13,3% e melhoraram/melhoraram muito para 27,2%. Em relação ao setor de atuação da empresa, as condições pioraram/pioraram muito para 40% dos respondentes, permaneceram inalteradas para 18,3% e melhoraram/melhoraram muito para 41,9%.
Expectativa
Quanto ao futuro próximo da economia brasileira, 24,5% dos respondentes revelaram-se pessimistas ou muito pessimistas; 23,3% se mostraram neutros e 52,2% estavam otimistas ou muito otimistas. Quanto ao setor de atuação, 11,6% se mostraram pessimistas ou muito pessimistas; 26,5% apontaram neutralidade e 61,8% estavam otimistas ou muito otimistas. No tocante à empresa em que atua, a expectativa era pessimista/muito pessimista para 9,6%; neutra para 20,8% e otimista/muito otimista para 69,8%.
Evolução da Expectativa
No campo das expectativas, a análise dos resultados do 4º trimestre de 2020 mostra que os respondentes redobraram a aposta otimista em relação ao futuro da economia brasileira do setor econômico em que atuam e dos negócios das suas respectivas entidades. Dentre as dimensões avaliadas, a expectativa de melhora nos negócios das empresas se destacou no período.
Confiança x Expectativa: Economia Brasileira
Na representação combinada das notas de confiança e de expectativa para a economia brasileira é possível evidenciar que os respondentes do 4º trimestre expressaram um avanço marginal em relação ao trimestre anterior. Assim, além de ligeiramente mais otimistas, a percepção de piora na economia brasileira foi reduzida.
No âmbito da percepção atual e futura para as empresas e os negócios dos respondentes, os resultados do 4º trimestre de 2020 também reforçam um progresso visível no âmbito da confiança. E manutenção do otimismo em relação ao futuro.
Nuvens de palavras
Imagens em alta resolução, no modelo “nuvem de palavras”, consideram a frequência em que as palavras aparecem no histórico completo da sondagem, iniciada em 2018; na sondagem do quarto trimestre de 2019 e no quarto trimestre de 2020, retratam diferentes “sentimentos”, presentes no discurso dos respondentes.
Fica evidente a popularidade do termo “vacina” na última pesquisa, destacada entre os até 140 caracteres disponíveis para o registro de respostas abertas ao seguinte enunciado: Defina, em poucas palavras, o seu sentimento sobre a evolução dos negócios ou das condições de mercado no longo prazo.
Excluídos artigos, preposições e verbos cuja frequência não fornecem valor analítico à composição da nuvem, salva algumas exceções de valor diminuto, quanto maior o tamanho da fonte da palavra, maior é a frequência de menção do termo em relação às demais palavras no corpo de texto.
Ainda que sem representatividade estatística, que caracteriza o viés técnico e rigor metodológico da FIPE, a tabulação sugere o que pensar. “Não resta dúvida que a vacina ganha relevância a partir do quarto trimestre de 2020, no contexto da pandemia, ampliando a frequência de palavras de otimismo e melhora das expectativas em meio a palavras como mercado, economia, acredito e oportunidades.