Nos tempos atuais, as feiras livres de rua ainda têm seu lugar no dia a dia dos consumidores. Elescontinuam gostando de ir com sua sacola ou carrinho, escolher as frutas, legumes e verduras, pedir um desconto ao feirante no qual vão toda semana.Porém, esses hábitos vêm mudando muito e novas formas de adquirir Frutas, Legumes e Verduras (FLV) também. É isso o que revela a pesquisa Projeto FLV,desenvolvida pela Officina Sophia Retail, empresa pertencente àholdingHSR Specialist Researchers.
“As feiras livres que, no passado, tinham a preferência das pessoas, começaram a disputar espaço justamente com os supermercados, que, gradativamente, foram chegando ao topo como principal canal de abastecimento para FLVs. Nas próprias lojas, as gôndolas de frutas, verduras e legumes, que, antes, ocupavam o fundo dos supermercados, já têm lugar de destaque, na entrada, apresentando muita variedade e qualidade, sem contar com a estética e o tom de ‘feira moderna’ que passaram a ter”, explica Valéria Rodrigues, diretora da Officina Sophia Retail, responsável pela pesquisa.
Os resultados mostraram que 86% dos entrevistados compram FLV em supermercados, poisesses atendem melhor suas necessidades. Contudo, o consumidor, ao mesmo tempo, não deixa por completo os demais canais, visto que 58% também compram em feiras livres de rua convencionais e 49% recorrem paralelamente ao mercadinho de bairro, além de 45% que buscam simultaneamente os hipermercados. Na sequência, vieram os sacolões (35%), atacados (25%), hortifruti de rede (25%), vendedores de rua (20%), feiras livres de rua exclusivas de produtos orgânicos (14%) e outras formas (3%) . Em média, os brasileiros utilizam de três a quatro canais para compra de FLVs.
“De maneira geral, percebeu-se que os supermercados vêm, ao longo dos anos, mudando seu perfil de atendimento. Esse movimento é decorrente do entendimento que os consumidores desse canal querem facilidade, comodidade e qualidade. Se os shoppers encontrarem esse conjunto em um único lugar, compram. Atualmente, o FLV é um forte aliado para os dois lados.Com base nos resultados, não é exagero afirmar que o cliente da feira passou a ser o cliente do supermercado”, conclui.
O principal driver de compra dos FLVs é a qualidade, citada por 38% das pessoas ouvidas, que destacaram como características mais desejáveis frescor e variedade. Procurar o preço mais baixo ou oportunidades promoci onais é um fator secundário na decisão por um produto ou mesmo canal de venda, apontado por 31% dos entrevistados. Outros aspectos motivadores da compra foram sinalizados com menor destaque, incluindo ambiente (18%), conveniência (11%) e Atendimento (2%).
A pesquisa também apontou os FLVs comprados com mais regularidade. Na ordem, os mais mencionados foram banana (94%), tomate (93%), cebola (93%), batata (91%), alho (86%), limão (83%), alface (83%), maçã (83%) e laranja (81%). Em média, os brasileiros compram 14 produtos em FLV, sendo que sete deles são imprescindíveis e não podem faltar em casa.
Mais orgânicos – Um número maior de brasileiros passou a comprar FLVs orgânicos. Entre 2016 e 2018, o universo de consumidores desses produtos pulou de 30% para 39%. As mulheres são maioria das pessoas que compram, com 56%, e, entre elas, 59% estão na faixa de 25 a 44 anos. O Top-10 na preferência de FLVs orgânicos sãoalface (64%), tomate (52%), banana (36%), morango (35%), brócolis (30%), rúcula (29%), limão (23%), batata (23%), cebola (22%) e agrião (21 %).
A realização da pesquisa Projeto FLV contou com 1.670 entrevistas online, incluindo mulheres e homens, em todo o Brasil, com idade entre 18 e 64 anos, das classes A, B e C.
Sobre a Officina Sophia Retail
A Officina Sophia Retail é uma empresa de pesquisa especialista em varejo e comportamento de compra, que oferece estudos customizados com foco em estratégias de varejo e ações do ponto de venda. A empresa – dirigida por Valéria Rodrigues – é formada por profissionais com mais de 20 anos de experiência em varejo. As análises são realizadas pela Officina Sophia Retail com base na própria dinâmica do varejo e em três grandes áreas de investigação: o ambiente competitivo (posicionamento e imagem de marca, eficácia de comunicação, potencial e dimensi onamento de mercado e cenário competitivo); a operação (estratégia para produto, preço, planograma, promoção e material POP; hot spots; pricing e elasticidade de preço); e o shopper (segmentação, hábitos e atitudes, missões de compra, hierarquia de decisão de compra, etnografia no PDV, satisfação e lealdade). É com esse olhar que a equipe da Officina Sophia Retail pensa em soluções qualitativas e quantitativas com o objetivo de levar ao varejo informações que permitam maior agilidade e assertividade na busca por uma operação rentável.